KILL BILL

Sem dúvida uma das obras mais controversas e a mais popular criação de Quentin Tarantino, KILL BILL foi um verdadeiro marco do cinema que rapidamente se tornou um clássico memorável.

Produzido em  2004, Kill Bill foi dividido em duas partes ( ou "volumes") que ajudaram a tornar a obra ainda mais consagrada. O sucesso de Kill Bill perante o público e a crítica, é encabeçado por diversos fatores e basta um olhar perspicaz para ewnumerá-los. Mas talvez o principal fator seja Quentin Tarantino. A ousada e criativa mente desse homem é capaz de misturar os mais diversos elementos em uma única coisa e assim criar um estilo de qualidade nidiscutível. Após ter produzido o fenomenal Pulp Fiction (aguardem matéria), Tarantino voltava ás telas do cinema após 10 anos em hiato.

E a longa espera dos fãs pelo novo trabalho foi recompensado. Kill Bill é uma obra realmente única. Desde seu roteiro, produção e efeitos, Tarantino misturou diversos elementos, dando ênfase e um tributo mais do que clássico á toda arte e mitologia oriental - principalmente em artes marciais e técnicas de espada.

O filme conta a história de uma bela mulher vivida por Umma Thurmann (o papel que lhe salvou a carreira). Tendo um nome desconhecido (ás vezes chamada de A Noiva ou Mamba Negra) acompanhamos sua trajetória em busca de vingança contra aqueles que destruíram sua cerimônia de casamento e a colocaram em coma por quatro anos devido á sua antiga profissão.

Após fugir do hospital em que estivera internada, ela foge, e se prepara, sozinha, para exterminar todos os membros do grupo de assassinos do qual fazia parte, principalmente o tal líder, Bill.

O primeiro assassinato mostrado no filme não foi o primeiro cometido pela Noiva; é o segundo. Tarantino tem o hábito de mexer com o conceito de presente /passado e depois da primeira parte, voltamos ao tempo e vemos A Noiva indo em direção ao seu primeiro alvo. Porém, ela sabe que O-Ren Ishii  vivida por Lucy Liu, agora é chefe da máfia chinesa e japonesa sendo, portanto, uma adversária difícil pois, além de extrememente habilidosa com espadas, possui um exército particular de espadachins (os 88 loucos) e GoGo, uma colegial que, á despeito da aparência  e pouca idade é uma terrível assassina.

No segundo filme (ou "volume dois") os mistérios sobre a identidade da "Noiva" e o que realmente aconteceu no dia fatídico, bem como as consequências advindas dele, são reveladas. Descobrimos também como a personagem de Umma Thurmann aprendeu suas incríveis (e impossíveis) técnicas de combate. Aliás, é nesse volume que conhecemos um dos personagens cinematográficos mais populares do público nessa década: o severo mestre Pai Mei.

Depois de enfrentar o agente Buddy, ser enterrada viva e livrar-se da perigosa Elle Driver ( (memorável por assoviar a música Twisted Nerve), a Noiva finalmente encara o famoso Bill. E o desfecho - no melhor estilo Tarantino, mostra que a vingança não apenas compensa, como está acima de qualquer adversidade.

Recheado de cenas fantásticas e sequências de tirar o fôlego ( quando Umma Thurmann é enterrada viva os minutos que passam são realmente desesperadores), o filme possui um ritmo oscilante, que prende a atenção e nos faz aguardar pelas respostas que virão. Os atores ajudam a manter o enredo e a trilha sonora é uma mescla de gêneros diversos, fugindo do padrão hollydiano.

. Em qualquer outra ocasião Kill Bill poderia ser um fracasso, um filme que os produtores receariam devido á aparência multifacetada. Mas, sendo escrito e dirigido pelo intelecto ousado de Quentin Tarantino, se torna original, divertido e por quê não, polêmico. É exatamente por ser diferente que se tornou tão popular assim como seu antecessor, Pulp Ficton. Mas claro que Kill Bill é muito mais sério e dramático quando comparado á este, embora seja um pouco inferior na questão de originalidade.

Kill Bill é um filme fantástico para aqueles que realmente saibam apreciar uma obra cinematográfica que fuja de padrões morais. É bizarro, artístico, violento e com uma boa dose de humor negro. E sim, é altamente psicodélico como todo filme de Tarantino deve ser.

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