Chegamos agora há um TOP 7 deveras especial. Após muito analisar, resolvi colocar aqui os sete melhores filmes de vampiros na minha opinião.
Filmes de vampiros existem aos montes desde o início do cinema, mas são poucos aqueles que realmente possuem qualidade tanto de roteiro quanto de atmosfera e legítima essência vampírica (ou como chama-se isso, se é que podemos realmente compreender o que realmente significa ser um vampiro).
Deixo claro que sou adepta do vampiro humanamente insano e do significado da imortalidade de modo que vejo a maioria dos filmes com o tema mais um drama do que terror. Interessante notar que todos os filmes presentes são adaptações bem suscedidas de um livro.
7 - DRÁCULA
O ator húngaro Bela Lugosi imortalizou e foi imortalizado pelo mito vampiro, gerando a fórmula que foi repetida inúmeras vezes até a exaustão nas outras obras que levaram o nome Drácula (algumas até com a interpretação de Bela Lugosi).
O Drácula de 1931 lida com todos os elementos básicos e popularmente conhecidos. Porém, foi o primeiro a mostrar a sensualidade do vampiro o que se revelou uma fórmula muito mais rentável perante o público do que a caracterização de um vampiro rastejante e monstruoso.
Bela Lugosi (e posteriomente Cristopher Lee) trazem á tona uma história na qual o vilão é sensual e muito mais atraente do que o mocinho. A sedução do inocente pelo mal por ele oferecer o desejo, foi algo que realmente atraiu os espectadores de uma época repleta dos mais diversos conservadorismos e revoluções sociais.
Nos dias de hoje o filme até pode parecer ultrapassado. Mas o legado que iniciou foi a consagração do vampiro humanizado (seja na aparência e atitudes) e sim, todos os vampiros que posteriormente foram desenvolvidos tanto no cinema quanto na literatura devem suas influências (com maior ou menos intensidade) nesse verdadeiro marco do cinema vampírico.
obs: Gostaria de ter inserido aqui o Drácula de Bram Strocker do diretor Coppola, mas achei mais justo colocar esse Drácula de 1931.
A versão da clássica obra de Le Fanu produzida em 1970 pelo famoso estúdio Hammer ilustrou o que mais de sensual e sexual poderia haver no conceito de vampirismo.
Embora o conteúdo homossexual do filme seja muito mais explícito do que no livro, essa produção é a que, dentre todas as outras, a que mais baseia-se fielmente a lenda de Carmilla.Talvez o mais interessante na história seja o fato de Carmilla ter se baseado em uma personagem real, a condessa de Báthory. Mas claro que, assim como Drácula, somente o conceito foi utilizado e a história da obra é original.A atmosfera sombria, perversa e sensual é um dos pontos altos do filme, que glorifica o conceito de fenmae fatalle vampiresca, mantendo a insanidade e o instinto animal da predadora sobre a presa.
Os Amantes Vampiros é deveras interessante por fazer uso de fórmulas já conhecidas e tomar uma liberdade de erotismo um pouco trangressora para a época. Enfim, é apreciável por conter os elementos clássicos que ajudaram a fixar a imagem de vampiros e vampiras no inconsciente coletivo dos espectadores.
5 - FOME DE VIVER
Baseado no romance de Whitley Striber, Fome de Viver foi um notável filme de vampiros que influenciou a estética da cena gótica na década de 80 e popularizou o Ankh (cruz egípcia que representa a imortalidade).
Diferente dos vampiros comuns, a única vampira presente na história pode sair durante o dia e, para beber sangue, não morde a vítima, optando por infligir um corte para obtê-lo (e para isso utiliza uma lâmina em forma de ankh).
A história segue um ritmo lento, atendo-se á cada mudança dos fatos. Enquanto uma cientista desenvolve um sistema biológico capaz de acelerar ou retardar o tempo de vida de um ser vivo, acompanhamos o desespero de um mortal (Bowie), ao qual a imortalidade foi negada por sua amada.
E é entre Susan Saradon (a médica) que vemos a latente bissexualidade, e Katherine DeNeuve (a vampira) e o sombrio lado insano de ser imortal (como esquecer o pesar com que DeNeuve observa todos os inúmeros caixões em que estão os restos de seus amados mortais?).
Embora o filme tenha omitido pontos cruciais do livro, Fome de Viver é um clássico, mantendo o que há de melhor dos filmes clássicos da década de 80. O conceito de vampirismo e imortalidade é o foco, demonstrando o quão pesaroso e solitário possa ser á despeito de suas inúmeras vantagens.
4 - SEDE DE SANGUE
O diretor Chan-wook- Park já havia demonstrado sua capacidade inventida com os clássicos Lady Vingança e Oldboy. Na sua obra mais recente, ousou abordar o mito do vampiro e o resultado não é menos do que excelente.
Sede de Sangue mescla o terror com o drama, a perda da fé, o controle do instinto e a vingança irreprimível (e justificável) de forma tão crua que chega a ser artística. Vemos ali toda a atmosfera de Park, mas vemos também a forma do vampiro em uma realidade solitária, incompreensível e desesperançosa.
Não há clãs, lendas ou dogmas. Há (exatamente como Deixa Ela Entrar) um único vampiro mas ele é um vampiro recém-transformado, precisando lidar com todas as transformações. Sua única companhia é na amante, que transforma em vampira na ilusão de que ambos poderiam viver uma vida. Mas o poder enlouquece, descontrola e ambos nada mais são do que criminosos sem controle e sem razões.
Sede de Sangue destaca-se como um revival ao vampiro do século XXI. Uma abordagem real, justa, cruel e melancólica do vampirismo. Mantendo mistérios e omitindo explicações, o filme é um terror clássico, controverso, igualmente diferente e apreciado por aqueles que realmente se interessam por histórias de vampiros de verdade.
3 - DEIXA ELA ENTRAR
Baseado no livro do mesmo nome (ou em sueco Latte Dan Ratte Komma In), este conto de vampiros parece fugir de todos os temas já abordados. Com uma narrativa crua, silenciosa e por vezes chocante, o filme foi tão comentado entre os cinéfilos que logo os EUA decidiram fazer um remake com o título Deixe-me Entrar.
Embora a versão americana seja ao menos digna, nem de longe se compara ao original sueco, com sua produção singela e crianças fenomenais.
A solidão é o tema central do filme e é através dela que acompanhamos Oskar, um garoto recluso e vítima de bullyng que conhece uma misteriosa garota chamada Elli. E a relação de amizade que desenolvem no momento da perda da inocência mas ainda assim inocentes, que reside o encanto enigmático da obra.
Quem é realmente Elli e o que vamos descobrindo aos poucos e muitas outras coisas permanecem ocultas é o que torna essa obra diferente. Embora um deles seja muito mais do que aparenta, tanto Elli quanto Oskar refletem a solidão da juventude e o conforto ao perceberem que são tão semelhantes á despeito das diferenças.
Deixa Ela Entrar é quase indescritível, tão fascinante, chocante e poético que é.
2 - ENTREVISTA COM O VAMPIRO
Com seus vampiros hipnotizantes, apaixonados pela vida, complexos, cruéis, melancólicos e invariavelmente insanos, Anne Rice nos fez compreender o quão pesado é o fardo da imortalidade.
Entrevista com o Vampiro, produzido em 1993 imortalizou o vampirismo, transcedendo todos os dogmas que antes dominavam as obras do gênero. Embora muitos (incluindo a própria Anne Rice) acreditassem que a versão cinematográfica de seu clássico fosse um fiasco por conta das celebridades que nele estavam, os atores surpreenderam a todos. O filme foi sensacional, com atores mostrando incomparável talento ao interpretar personagens tão difíceis.
O melancólico Louis é o narrador e, através de sua jornada imortal conhecemos vampiros que vivem sofisticadamente entre a sociedade, parecendo tão humanos e cruéis quanto suas presas humanas. O melhor exemplo é o misterioso Armand e seu bizarro Theatro dos Vampiros. Ha ainda a criança-vampiro Cláudia. Mas nenhum deles se compara ao indescritível Lestat (Tom Cruise em um dos seus melhores papéis).
O filme mantém certa fidelidade com o livro, claro que tomando algumas liberdades. Visualmente, Entrevista com o Vampiro é inebriante, igualmente profundo e ilustrando o vampiro como ele realmente deve ser.
1 - NOSFERATU - UMA SINFONIA DO HORROR
Nosferatu foi a primeira das muitas adaptações do clássico livro Drácula de Bram Strocker e retratou com grande impacto a imagem monstruosa e sórdida do vampiro.
De todos os filmes dessa lista, Nosferatu é o único que se enquadra na categoria horror. Isso graças á habilidade do diretor F. W. Murnau, que utilizou com maestria todas as qualidades do cinema expressionista e claro, o talento de Mark Schrek como o vampiro bizarro que projeta assustadoras sombras pelas paredes do castelo. Por ser mudo, o filme é acompanhado pela perturbadora trilha sonora que acompanha a justaposição de luz e trevas na atmosfera da obra.
Ainda hoje Nosferatu possui o poder de chocar e fascinar o espectador e pode ser mais assustador do que muitos filmes da atualidade. Com Nosferatu, o vampiro nasceu no cinema, ilustrando formas, mitos e fascínio que até hoje perturbam o espectador.
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Espero que tenham gostado!









