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11 de jun. de 2011

FanFics Naruto - Caos no Velório - parte 8


~*~

No jardim, a situação estava crítica. Gaara estava pendurado no telhado, gritando desesperadamente enquanto Temari segurava seus braços, desesperada. Já os demais apenas assitiam sem saber como reagir.

- Socorro! Socorro! - pranteou Gaara. - Temari, não me solta! Eu não quero morrer!

- Não se preocupe, eu jamais te soltarei! Se for para morrermos, morreremos juntos!

- Mas eu não quero mais morrer! Sou jovem demais para isso! Eu não quero morrer em um funeral! Não quero!

- Ah, santos kages! - berrou Kankurou. - Algúem chame os bombeiros, o meu irmão pode cair á qualquer momento! A culpa é toda minha! Temari, não solte o Gaara por nada deste mundo!

No telhado, Temari sentia que suas forças se esvaíam.

- Me perdoe, Gaara! Minhas forças...eu não estou conseguindo aguentar! Alguém me ajuda!

Aquilo já era demais. Acometido pelo desespero e por um ímpeto de coragem, Shikamaru anlisou rapidamente a situação e, ao constatar que Gaara estava pendurado bem de frente á janela do banheiro, tomou uma atitude. Foi até o corredor, arrombou a porta do banheiro com um chute e entrou na intenção de pegar Gaara pela janela e botá-lo para dentro.

Porém, ele parou abruptmante ao perceber que Gaara estava nu e qu , para pegá-lo, seu rosto ficaria bem diante do...

- Mendukouse! Isso não...

- AAAH! - o grito de Temari ecoou. - Eu não aguento, nós vmaos morrer!

- ...isso é por você, Temari!

Reunindo toda a sua coragem, Shikamaru avançou com os olhos fechados em sinal de asco e segurou Gaara fortemente pela cintura.

- Eu o peguei! - gritou, desesperado ao sentir o corpo do outro. - Temari, eu o peguei! Você pode soltá-lo!

- Não me soltem! - choramingou Gaara. - Eu não quero morrer!

- Pare de se mexer, Gaara! - vociferou Shikamaru. - Você tá roçando esse treco na minhs boca! Hah, menduokuse! Temari, pode soltá-lo!

- Posso mesmo?

- SIM! Eu juro, pode soltá-lo! Vai logo!

Temari sltou os braços de Gaara e este caiu para dentro do banheiro, exatamente encima de Shikamaru, que não aguentou o peso e ambos foram ao chão. E, enquanto Gaara rastejava aturdido, Shikamaru ficou imóvel, repetindo "mendukouse, mendukouse!" interruptamente.

~*~

Ao mesmo tempo que esse acontecimento transcorria, Sasuke e Itachi decidiram colocar seu plano recém-criado em prática, coagindo Kiba e Naruto a participarem também.

- Certo. - começou Itachi olhando para a janela. - Todas as atenções estão voltadas para o espetáculo do Gaara, é a nossa chance. Vamos, Sasuke. Me ajude a pegar o Gai.

Á contragosto, Sasuke pegou Gai pelas pernas enquanto Itachi o pegava pelos braços.

- Kiba, trate de eliminar qualquer evidência no escritório. Naruto, vigie o corredor e não deixe ninguém, eu disso NINGUEM, entrar na sala onde está sendo velado o corpo do papai até que eu e o Sasuke saiamos, entendido?

Naruto concordou e, mal os irmãos Uchiha entraram na sala onde o corpo de Fugaku Uchiha estava sendo velado carregando Gai e trancando a porta, o loiro avistou Kabuto se aproximando.

- Olá, Naruto. O que está fazendo aqui dentro? Está perdendo um showzaço do kazekage lá fora!

- Hãn...é...que...eu...para onde você está indo?

- Bom, esse velório está demorando demais para acontecer e eu tenho que desmarcar todos os outros compromissos do Oorochimaru-sama. Então, vou ligar para os contratantes e preciso usar o telefone.

- M-mas nessa sala tem um caixão, não um telefone!

- Dah, eu sei! Acontece que eu deixei o meu celular carregando a bateria na tomada lá de dentro e todos os contatos que eu preciso ligar estão na agenda telefônica daquele aparelho!

Naruto trincou.

- Você não pode entrar aí agora, dattebayo!

- ...por quê?

- Porque..porque..hum...é...

- Ah, Naruto! Não me faça perder tempo!

- ESPERA! - o rapaz o segurou, sabendo que precisava encontrar um assunto rápido para enrolá-lo. - É que eu...é que eu ando tendo uns desejos...é, umns desejos estranhos e preciso desabafar! - riu nervosamente. - Sabe como é, eu sei do que gosto, sei mesmo. Mas é que...de uns tempos pra cá, sabe, eu fico tendo umas vontades meio estranhas assim, daquele tipo e tal...não sei se é porque eu ando lendo os livros do ero-sennin e treinando com muitos shinobis que, os dois lados, sabe? Os dois lados estão conseguindo me deixar com "aquilo" meio que em ação....e recentemente ao fazer uso do sexy no jutsu eu penso também em juntar todas as garotas que conheço para experimentar aquilo que algumas delas compram pra curtir quando não estão á fim de, você sabe, "aquilo" com a gente. Bom, gente eu me refiro á mim e aos outros, porque sei que você gosta de outra coisa...Mas o caso é que...

Enquanto Naruto tentava persuadir Kaburto da melhor forma que podia, Itachi e Sasuke carregaram o corpo de Gai até o caixão do pai.

- Mas que droga, esse cara é muito pesado! - rosnou Sasuke. - O papai bem que poderia ter tido um caso com um anão!

Eles precisaram deixar Gai no tapete para pdoerem levantar a tampa do caixão mas antes de fazer isso, se encararam em silêncio.

- Nii-san, será que devemos mesmo fazer uma coisa dessas?

- Não temos outra opção, Sasuke. Para nos livrarmos do Gai e seu segredo com o papai, precisamos sumir com todas as evidências.

- Mas...colocaremos o Gai dentro do caixão do nosso pai!

- Lembre-se que, o que há no caixão é apenas o corpo do papai. A alma dele já está em paz.

- Mesmo assim...

- Confesso que também não aprecio isso mas não há outra escolha. Se Maito Gai estivesse vivo, daríamos o dinheiro e ele iria embora, mas agora ele está morto. Se alguém descobrir isso, não apenas o segredo do papai será revelado, mas nós dois seremos presos e torturados. Temos que enterrar o Gai com nosso pai porque assim, mesmo que algum dia investiguem o desaparecimento dele, nunca encontrarão o corpo e não seremos acusados por homicídio triplamente qualificado.

Por fim, Sasuke concordou e ambos levantaram a tampa do caixão. Ao verem o corpo de Fugaku Uchiha, seus filhos sentiram aquela lanciante dor no peito pela perda de um ente querido.

- Bom... - falou Itachi.  após alguns minutos em silêncio. - Vamos colocar o Gai aí dentro.

Os dois pegaram o corpo de Gai e o colocaram dentro do caixão. Silêncio.

- Hon, não podemos deixá-lo assim!

Constrangidos, notaram que Gai fora colocado de bruços, com a cabeça voltada para o meio das pernas de Fugaku enquanto a cara do falecido estava bem diante da bunda de Gai. Silêncio.

- É...talvez fosse isso que o papai gostaria, afinal.

- Nii-san!!! - repreendeu Sasuke, indignado.

- ...estou brincando. Vamos mudá-lo de posição.

E assim o fizeram, colocando o rosto de Gai na direção da face de Fugaku. Itachi então retirou as fotos comprometedoras do bolso do paletó e as jogou dentro do caixão. Após olharem uma última vez para o pai,ambos abaixaram a tampa do caixão.

O problema estava resolvido.

~*~

No banheiro do segundo andar, os irmãos Sabaku estavam reunidos em um forte abraço enquanto Shikamaru enxaguava desesperadamente sua boca com o anti-séptico bucal.

- Gaara, me desculpa por tudo isso! - falou Kankurou em prantos. - Eu jamais quis que você sofresse tamanho vexame! Prometo que nunca mais fabricarei alucinógenos!

- Gaara, nós só queremos o seu bem. - continuou Temari. - E se nosso pai dizer alguma coisa, tenha a certeza de que sempre ficaremos do seu lado! Mas agora, por favor, vista-se. Já ficou nu por tempo demais.

Gaara não contestou e, enquanto ele se vestia, Kankurou e Temari se aproximaram de Shikamaru.

- Cara, muito obrigado por ter salvo meu irmão e o kazekage da minha vila! Suna tem uma dívida contigo e agora reconheço que você é um homem de verdade! Valeu, cunhado!

Kankurou o abraçou com força tal que Shikamaru sentiu seus ossos estalarem.

- Oh, Shikamaru! - assim que Kankurou se afastou, Temari abraçou o jounin. - Obrigada! Depois de ter salvo o Gaara eu compreendi que homem maravilhoso você é! Me desculpe pelas brigas, eu agora aceito me casar com você!

Shikamaru sorriu satisfeito e ambos trocaram um beijo apaixonado. Quando acabaram,  Gaara avançou para Shikamaru sorrindo e com os braços abertos.

- Obrigado por salvar a minha vida. Dá um abraço aqui!

- NÃO! - Shikamaru sorriu, assustado. - Eu já fiquei próximo DEMAIS de você por hoje. Chega de intimidades.

- Tá!

- Vamos descer. - pediu Temari segurando o braço de Gaara. - Já atraimos atenção demais por uma vida inteira.

~*~

Kabuto encontrava-se aturdido, enojado e estressado com tudo o que Naruto estava lhe revelado. Aquele garoto era um demente, sem dúvida. E toda vez que Kabuto tentava ir embora, Naruto postava-se á sua frente. Como se não bastasse falar, Naruto agora gesticulava sobre seus desejos estranhos, deixando aquilo tudo ainda pior. Kabuto se perguntava por que o moleque escolhera justo Ele para desabafar.

A porta da sala onde o corpo de Fugaku Uchiha estava sendo velado foi abeirta e Sasuke e Itachi surgiram.

- Ah, que alívio! - excalmou Kabuto erguendo as mãos para o céu. - Eu não aguentava mais ficar sozinho com esse maluco! Sinceramente Sasuke, seu amigo precisa de um tratamento psiquiátrico sério!

Nisso, eles ouviram a banda contratada começar a tocar um rock nervoso no jardim enquanto Sakura exclamava.

- Muito bem, o show do kazekage acabou! Está todo mundo voltando para dentro! O pessoal está chegando!

- Eu vou buscar o Oorochimaru-sama. - suspirou Kabuto. - Quero fazer essa cerimônia e ir embora!

Quando ele se afastou, Naruto encarou os irmãos Uchiha, que fizeram sinal de positivo.

As pessoas já entravam quando Sakura se aproximou, apreensiva.

- E então? Conseguiram convencer o Gai a ir embora?

- Sim. - mentiu Itaxchi calmamente. - O diálogo é smepre a melhor forma de resolver as divirgências.

- ...fico aliviada que o problema foi resolvido.

- Sim. - Sasuke completou, frio. - E agora poderemos enterrar esse assunto para sempre.

~*~

Após um certo tempo, todos os presentes se acomodaram na sala onde seria velado e presidido o velório de Fugaku Uchiha.

Kabuto queria conlcuir tudo o mais depressa possível, mas ao constatar que, dado ao horário, já perdera todos os demais compromissos que tinha (recebera até broncas de uma família que teria seu filho batizado por Oorochimaru-sama e corria o risco de ser processado por uma viúva por não ter levado Oorochimaru para realizar a extremunção do marido), Oorochimaru se embriagara junto com Tsunade e Jiraya, ele conlcuiu que pouco se importava o quanto mais aquele funeral demoraria.

Por falar em Jyraya, minutos antes de Sasuke começar a falar o discurso que escrevera e memória do pai, Naruto se levantou e pediu que esperassem pois havia esquecido o lendário sannin no banheiro.

Quando ele voltou empurrando a cadeira de rodas, Jiraya o xingava incessantemente e só parou quando foi colocado ao lado dos seus dois velhos amigos. Aliás, os três lendários sannins ficavam cochichando e dando risinhos de forma  tal que foi preciso um olhar fulminante da senhora Uchiha para que ficassem quietos.

Quando tudo parecia estar nos conformes, Sasuke respirou profundamente, pegou as folhas do discursos que escrevera e postou-se ao lado do caixão, sentindo todos os olhares sobre si.


" Acalme-se! Eu vou conseguir, o meu discurso está bom, eu sei....Itachi está me olhando, apoosto que imaginando que ele poderia fazer um discursos melhor. Mas provarei que EU sou melhor que ele!"

Respirou mais uma vez e começou.

- Meu pai era um homem excepcional.

- MUNPF!!!

Silêncio. Sasuke olhou para todos os presentes, que o olharam de volta. Continuou.

- Meu pai era um homem excepcional.

- MUNNPFNNN!

Silêncio. Sasuke encarou os presentes, notando que alguns o encaravam e outros olhavam discretamente para os lados, de forma inrtrigada.

- MUNNFFPFN!!MUNNNFPMUNN!!!

Silêncio. Sasuke encarou Itachi, que o encarou de volta, que encarou Kiba, que por sua vez encarou Naruto, que arregalou os olhos para Sasuke. E os quatro perceberam.

- C-Como eu estava dizendo, meu pai sempre dedicou sua vida ao clã Uchiha. - Sasuke tratou de retomar a atenção de todos para que não aumentasse as suspeitas. - E foi graças aos seus notáveis esforços que...

- ...o caixão...está...se movendo!!!!!

Silêncio sombrio. Todos voltaram-se para Gaara, que apontava assustado na direção do caixão. Rapidamente, Temari segurou-o pelos braços, sussurando entredentes.

- Gaara, pare! Você ainda está sob os efeitos do alucinógeno, fique quieto!

- Não é ilusão! Está...se movendo!

As pessoas começaram a ficar incomodadas. Sasuke encarou Itachi e este o fitou de frma a ordenar que ele continuasse o discurso. Com dedos trêmulos, Sasuke segurou as folhas.

- Foi graças aos esforços do meu pai que o clã Uchiha recupeoru o restígio que consagrou...

- MUNPRGFUNMPR!!!

O resmungo-femido soou abafado mas audível, seguido por um ruído proveniente do caixão. Usando o byakugan, Neji exclamou, estupefato.

- Tem mais alguém dentro do caixão e está vivo!

Mal ele disse isso, a tampa do caixão foi aberta com violência e de dentro emergiu uma besta verde, descabelada, feia, de olhos vermelhos e semblante demoníaco que urrava furiosamente. Essa besta-fera era Maito Gai.

- HUUUUUUUUUUUUUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRGGGHHHHH!!!!

O grito de espanto geral proferido pelos presentes foi tal que se tivesse sido ensaiado não seria tão perfeito. Enquanto todos encontravam-se pasmos e incapazes de qualquer reação, Sasuke olhou para Itachi desesperado e este exclamou, fingindo-se surpreso.

- Oh! O que esse homem está fazendo dentro do caixão do meu pai?!

Aturdido pelo efeito dos alucinógenos e furioso por ter sido presos em um lugar pequeno e abafado, Maito Gai livrou-se das amarras em seu pulso e então percebeu onde estava. Soltou um grito, caindo em prantos.

- FUGAKU!!!! Meu Fugaku!!!!!

Quando Gai se atirou em lágrimas exageradas sobre o corpo do falecido, prontamente Itachi ordenou que tirassem aquele homem dali. E, com muito custo isso começou a ser feito. Asuma, Kakashi e Yamato agarraram Gai e tentaram colocá-lo para fora do caixão. Porém, Gai estava furioso , ao ser separado de Fugaku, comçeou a agitar-se feito um cão raivoso e espumante para se desvencilhar.

Por causa disso, ao ser posto para fora do caixão e começar a ser arrastado pelo corredor, as fotografias comprometedoras caíram no tapete, bem diante dos pés da senhora Uchiha.

Ela pegou o monte de fotos e, passando duas, seus olhos se depararam justamente com "aquela"  fotografia. E o rosto da viúva Uchiha, lívido, transfigurou-se.

- ...desgraçado e filho da puta!

O sharingan surgiu nos olhos da senhor Uchiha e, acometida pela insanidade, ela lançou-se  encima de Maito Gai, fazendo com que ambos rolassem no chão em uma luta bestial.

- Minha sogra, pare com isso! - exclamou Sakura correndo para detê-la.

- Eu faleu que o caixão estava se mexendo! Eu falei! - repetiu Gaara.

- Mendukouse, esse velório está sendo um verdadeiro Caso de Família... - resmungou Shikamaru.

- Eu juro que não tenho nada á ver com isso, dattebayo!

- GAI-SENSEI?!! - berrou Lee em choque ao ver "aquela" fotografia de seu meste e ídolo com Fugaku Uchiha.

Enquanto Rock Lee  permanecia estático diante do maior trauma de sua vida, Kiba tirou a fotografia de suas mãos, E ao ver, ele não sabia se ficava enojado ou se caía na gargalhada.

- E-então...Fugaku Uchiha era...gay...?

- ...essa foto responde muita coisa, Hinata-sama.

A tal fotografia foi arrancada das mãos de Neji por Kabuto, que ajeitou os óculos para ver melhor.

- Pelos kages! E eu que pensei que tinha visto as coisas mais pervertidas ao lado do Oorochimaru-sama! Isso é muito pior!

- Essa foto não pode ser tão chocante assim. - Ino olha a fotografia. - Caramba, que horror!

Bom, enquanto a tal fotografia passava entre as mãos de cada convidado, a senhora Uchiha tentava furiosamente enforcar e arrancar os cabelos de Gai que, dominado pelos alucinógenos era incapaz de reagir efetivamente. Enquanto alguns tentavam separar os dois, a banda contratada começou a improvisar um ritmo frenético para enquadrar no clima enquanto os lendários sannins gritavam e incentivavam a pancadaria. E todo mundo falava ao mesmo tempo.

- CHEEGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!

O grito de Sasuke foi tão alto que mesmo tendo afinado um pouco no final, fez com que todas as atenções se voltassem para sua pessoa. Sasuke os encarou e o silêncio foi supremo.

- Meu pai era um homem excepcional. - recomeçou, jogando as folhas do discurso em um canto qualquer e respirando profundamente. - Ele sempre dedicou-se ao clã, á Konoha e a sua família. Como profissional e pessoa foi um exemplo para todos. É por causa da educação que nos deu, que eu e meu irmão somos profissionais tão respeitados hoje. Meu pai sempre me pareceu uma pessoa inalcançável e incompreensível. Bom, não só para mim, mas pela minha mãe e pelo meu irmão também.

As pessoas começaram a prestar atenção áquelas palavras,

- Mas hoje, eu descobrir que meu pai era uma pessoa comum. E mesmo que para nós tal revelação possa ter sido chocante, eu fico aliviado que meu pai aproveitou um pouco sua vida, a qual sempre me pareceu restringir ao trabalho como shinobi. Meu pai, embora parecesse uma pessoa severa, na verdade era isenta de preconceitos e pré-conceitos. Tudo bem que ele tinha alguns "gostos" estranhos. - nesse momento o rapaz olhou para Gai. - Mas, e daí? Cada um tem o direito de fazer o que quiser da própria vida! Pensando agora, talvez meu pai fosse tão severo com todos e vivesse criticando os filhos não porque era isso que queria, mas porque talvez, fosse uma forma de incentivar a sermos firmes em nossas decisões, não desistindo do que realmente quiséssemos.

Ao ouvir aquilo, Itachi pareceu refletir por um momento.

- E hoje...hoje eu só queria realizar um funeral digno para o meu pai. Todos aqueles que o amavam estão sofrendo com sua ausência esecialmente porque...porque sabemos a falta permanente que ele fará. Mas parece que tudo conspira contra isso! Eu gostaria que todos aqui saíssem deste funeral não se lembrando do que aconteceu, mas da pessoa excepcional que meu pai foi em vida! É isso.

Percebendo que as lágrimas cairiam, Sasuke se retirou e, segundos depois, Itachi o seguiu.

~*~



7 de mai. de 2011

FanFics Naruto - Caos no Velório - parte 6

~*~

No escritório, Itachi e Sasuke haviam conseguido mobilizar Maito Gai da melhor forma que conseguiram. Enquanto o amordaçavam com a gravata de Sasuke, seus braços e pernas haviam sido fortemente amarrados com as cordas da cortina. Porém, Gai era forte e os dois irmão tinham dificuldade para mantê-lo imóvel.

- O que vamos fazer, nii-san?

- Não sei! Ainda estou pensando!

Subitamente, a porta do escritório é aberta e uma voz conhecida se fez ouvir.

- Sasukeeee! Me disseram que você estava aqui e eu...o que está havendo?

- Naruto! Entra e fecha a porta, porra!

- Mas o quê...

- Cala a boca e fecha a porta!

Consternado, Naruto obedeceu. E, com sua típica expressão de dúvida, estudou a cena. Gai amarrado e amordaçado no chão com Sasuke e Itachi segurando-o fortemente com expressão maníaca nos rostos.

- Isso é muito estranho, dattebayo.

Itachi e Sasuke trocaram olhares.

- É..é que...o Gai...

- Ele estava tendo um ataque epiléptico. - falou Itachi mecanicamente. - E tivemos de segurá-lo para que ele não se auto-mutilasse.

Ao ouvir a mentira, Gai debateu-se desesperadamente, urrando  e gemendo, implorando por ajuda.

- Ele está muito alterado, temos de acalmá-lo.

- Oh! - Naruto mexeu no bolso da calça confiante.- Eu tenho a solução, dattebayo! Achei esse pote de calamante NARUM lá no jardim!

- Ótimo! Dê alguns para ele! Vamos dopá-lo, digo, acalmá-lo.

- Quantos devo dar? - indagou o loiro.

- ...cinco está bom.

Rapidamente os dois irmãos colocaram os comprimidos na boca de Gai. E com um golpe na garganta, Itachi fez com que Gai os engolisse facilmente. Mal haviam feito isso a porta foi aberta por Kiba.

- Gente tá rolando um rebuceteio lá fora e...o que está havendo aqui?!

- NARUTO! - vociferou Sasuke. - Eu mandei você trancar a porta!

- Você só falou pra fechar, dattebayo.

Enquanto o moreno o fuzilava com os olhos, Itachi tratou de repetir sua explicação previamente ensaiada.

- Gai estava tendo um ataque epiléptico e tivemos de amarrá-lo para que ele não se auto-mutilasse.

- Hãn...mas por que o amordaçaram?

- ...para que não mordesse a própria língua.

- Mas precisava mesmo fazer isso?

- Isto não é um interrogatório! - rosnou Itachi e o outro prontamente se calou. - Agora precisamos decidir o que fazer.

- Hum... - Kiba recomeçou. - Acaso vocês já deram algum calmante para ele?

- Sim! - Naruto sorriu. - Demos comprimidos NARUM, que é eficaz e seguro!

- Desde quando você anda com remédios que não sejam laxantes?

- Eu não ando com laxantes, foi só aquela vez! E eu achei esse pote de NARUM no jardim agora á pouco.

Silêncio. Kiba percebeu do que se tratava.

- E...quantos comprimidos vocês deram á ele?

- Uns cinco, talvez. - respondeu Itachi com naturalidade.

Oh merda.
~*~

No corredor, Temari encarava Shikamaru em um misto de surpresa, felicidade e indignação.

- O que está dizendo?

- Você ouviu, Temari. Quero me casar com você. Eu sei que não estou em meu juízo perfeito porque você me tira do juízo perfeito mas agora eu percebi que não consigo ficar sem você.

- ...enlouqueceu? Está me pedindo em casamento no corredor da casa alheia enquanto meu irmão está trancado no banheiro sofrendo alucinações?!

- E daí? Quer ou não quer?

- Shikamaru, não é hora para isso! Nós ainda não resolvemos nossas diferenças, você não aceita minha forma de cuidar dos meus irmãos e...

- Eu aceito até que você os leve para morar conosco, mas caramba! Você me ama, eu te amo, vamos casar! É isso o que todos estão esperando á anos!

- E-eu...

- Ah, problemática! Vou te fazer aceitar agora!

Deixando  preguiça de lado, Shikamaru imprensou Temari na parede, beijando-lhe apaixonadamente. A loira tentou relutar, mas logo desistiu e retribuiu com a mesma intensidade.

Estavam os dois lá nos maiores beijos e amassos quando, ao notar um vulto na janela do corredor, Temari assustou-se com o que viu, empurrando Shikamaru bruscamente para trás.

- Oh, não! GAARA!

Desesperadamemnte, Temari ergueu o vidro da janela e colocou a cabeça para fora.

- Gaara! O que pensa que está fazendo? Volte já para dentro!

- ...não!

- Me obedeça, Gaara! Saia daí, vamos!

- ...você não manda em mim!

Temari sentiu que estava perdendo as estribeiras. Aquele comportamento anormal de Gaara por causa dos alucinógenos estava fazendo com que ele se comportasse de um modo que jamais faria se estivesse são. E ela não sabia o que mais a preocupava: Gaara  agindo daquela forma incontrolável ou o vexame que ele estava dando diante de toda a sociedade shinobi.

Sem dúvida a segunda opção era pior.

- Gaara por favor, me escuta. Você não está legal...

- Eu tõ muito bem! - falou ele com voz embargada e mãos na cintura.

- Como pode estar bem se você está nu encima de um telhado durante um funeral?! Você é o kazekage e não pode portar-se dessa maneira.

- Eu não quero mais ser o kazekage! - berrou ele. -  Eu não aguento mais toda essa pressão! Todos me dizendo o que ser e o que fazer! Não posso fazer nada do que quero, só tenho de seguir ordens, regras e tradições!

Temari não sabia o que dizer ou fazer. Gaara certamente estava no ápice dos efeitos do alucinógeno e agora desatava a revelar tudo o que o incomodava por dentro.

Um comprimido de alucinógeno estava fazendo o que nem mesmo o melhor psiquiatra de Suna conseguira.

- Gaara, venha pra cá! Vamos conversar com calma aqui dentro!

- NÃO! Se eu fizer isso vocês vão me obrigar a não dizer nada e o papai vai tentar me matar de novo! É sempre assim! Chegou a hora de acabar com isso! EU VOU PULAR!

- NÃO! - berrou Temari. - Gaara, volte!

- Não voltarei! Não voltarei para essa vida de repressão, responsabilidades, abusos familiares, incompreensão, bullyng, traumas, possessões e tudo o mais!

A situação estava crítica. As pessoas embaixo assistiam tudo.

- ...gente, precisamos fazer alguma coisa! - exclamou Shizune. - Ele está prestes a cometer uma loucura!

- Pula! Pula! - incentivou Chouji comendo um saco de batatinhas até receber um violento safanão de Asuma.

- Para de ficar incentivando a desgraça alheia!

- Ei, você não manda em mim não!

- Eu te treinei, deveria me respeitar!

- Treinou? Você era o que mais faltava nos treinamentos para ficar com "essa daí"! - falou Chouji gesticulando na direção de Kurenai.

Enquanto isso, Neji e Hinata assistiam pasmos.

- Mas que absurdo. - comentou Neji cruzando os braços. -  Passar uma humilhação dessas...os Sabaku realmente não possuem qualquer senso de discrição, diferente do clã Hyuuga. Onde já se viu o kazekage ficar ASSIM! É um vexame sem precedentes.

- V-verdade... - murmurou Hinata. - O que o Gaara está fazendo consegue ser mais constrangedor do que a vez em que o Neji nii-san se embebedou e fez um strip tease para as mulheres e garotos femininos nas fontes termais...

- CALA A BOCA, HINATA!

Ao mesmo tempo, Kankurou observava o decorrer da explosão do trauma contido de Gaara em um misto de desespero e apreensão.

- ...como as coisas puderam chegar á esse ponto?

- Kankurou-san! - Rock Lee se manifestou pela primeira vez na história. - O Gaara está prestes á se matar, faça alguma coisa! Ele é seu irmão e kazekage da sua vila!

- Hãn...bem...

- Diga qualquer coisa á ele para evitar essa loucura suicida! Qualquer coisa!

- Hãn...o-ok! E-ei, Gaara! - gritou Kankurou á plenos pulmões. - Não pule, não pode fazer isso!

- ...posso! - o outro gritou lá de cima. - Por quê não faria?!

- NÃO! Não faça isso porque....porque....porque você ainda é virgem!

Silêncio mortal. Todos estão imóveis e boquiabertos. O rosto de Gaara ficou completamente desnorteado e Kankurou percebeu que havia dito uma tremenda besteira.

- ...ai, agora ele pula mesmo.
~*~

Sakura vinha caminhando á passos lentos, sentindo as pernas trêmulas. Vez ou outra tropeçava nos próprios pés, tendo de ser amparada pelos braços de Kakashi.

De todas as suas fantasias, aquela ela nunca imaginava. Ir para o quarto da sogra ter um momento intenso na cama dela com seu antigo professor era loucura demais. Mas fora uma loucura muito boa.

Em um reflexo rápido, Sakura empurrou Kakashi para longe de si (o fazendo bater a cara na parede) quando Rock Lee veio correndo na sua direção.

- Sakura-san, venha para o jardim, rápido! Está acontecendo uma coisa terrível!

Mal disse isso, Lee correu de volta ao local e após uma rápida troca de olhares, Kakashi e Sakura foram ver o que se passava. Mas, ao colocarem os pés no jardim, Sakura foi abordada por uma Ino histérica.

- Sakura! Pode ficar com o pulha do Sasuke-kun! Eu acabei de encontrar o homem da minha vida!

- Pulha?! - rosnou ela. - Olha o respeito com...

- Como eu não tinha reparado nele antes?! É uma perfeição em todos os sentidos! É jovem, bonito, forte, misterioso, sensual...

Enquanto Ino desatava falar sobre todas as qualidades do tal cidadão, Kakashi notou que a guria parecia realmente excitada.

- ...e ele tem um...é enorme, Sakura! E como se não bastasse, há meu kage divino!

- Ino, pelo amor dos deuses do que ou de quem você está falando?

- DELE! - exclamou a loira apontando para o telhado. - Dá para acreditar que aquilo tudo nunca foi usado?!

Ao perceber o que era, Sakura trincou. Kakashi piscou algumas vezes para ter certeza de que era aquilo mesmo e então caiu na risada. Já Sakura demorou alguns segundos para assimilar tudo e então recobrou a consciência.

- Minha nossa! O que o Gaara está fazendo pelado encima da casa dos Uchiha?! E durante um funeral?!

- ...funerais podem realmente afetar o psicológico das pessoas. - filosofou Shino surgindo do nada. - Aliás, Sakura. Sei que você é médica... - ele arregaçou uma das mangas do blusão. - Há alguns dias atrás essas manchas começaram a surgir no meu corpo. Perguntei á Tsunade-sama e ela falou que sou alérgico á insetos, mas isso não pode ser possível, afinal eu sou um ninja especializado em insetos! Então achei melhor pedir a opinião de mais uma especialista.

- Deve ser isso mesmo. - rosnou Sakura impaciente. - Eu tenho de avisar o Sasuke-kun e o Itachi-san sobre esse kazekage tarado!

Disse isso correndo para dentro da casa, deixando Shino indignado. Ele procurou então abordar Ino.

- Talvez seja alergia. - faloua loira sem sequer olhar para as tais manchas, olhos fixos no telhado. - Me pega que eu te pego, Gaara-sama. Ah, sim. Isso vai ser muito bom...

Desconcertado, Shino afastou-se, resmungando que ninguiém possuía qualquer consideração por sua pessoa.

~*~

No escritório. os quatro shinobis aguardavam Maito Gai se acalmar. Vez ou outra, Itachi e Sasuke trocavam olhares rápidos. Enganar Naruto com a conversa de que Gai estava amordaçado por sofrer ataques epilépticos era fácil, mas Kiba não era tão lesado quanto parecia. Bom, se as coisas complicassem os dois sabiam que teriam de aplicar o mangekyou sharingan ou coisa do tipo.

O silêncio mortal foi quebrado por batidas na porta. Rapidamente Itachi colocou Maito Gai no sofá (que nesse ponto já estava começando a sentir os efeitos dos comprimidos), enquanto Sasuke abriu uma pequena fresta da porta.

- ...o que você quer, Sakura? Estou muito ocupado para os seus chiliques!

- Sasuke-kun é que...

- Oi, Sakura-chan!

- Naruto?! O que você está fazendo aí e...Kiba?! Itachi-san? - a garota piscou. - Desde quando vocês tem alguma amizade? Ei, é o Gai-sensei ali?

- NÃO! - gritou Sasuke. - Vá descascar amendoins e nos deixe em paz!

Ao ouvir aquilo, Sakura foi acometida por um misto de crise de choro com explosão de fúria. Quem Sasuke pensava que era para tratá-la com tanta arrogância? Não iria sentir um pingo de arrependimento do que fizera com Kakashi depois dessa. Em vez de desabafar tudo que estava entalado na garganta, ela optou por aplicar um violento soco na parede, rachando-a e fazendo um grande rombo.

- Sasuke-kun... - disse, com a voz e o sorriso mais doce que tinha. - Há um problema no telhado de sua casa. Um problema chamado Gaara.

- ...você veio aqui para...o que o Gaara está fazendo no telhado da minha casa?!

- Ele está louco e completamente nu.

Os olhos de Sasuke se arregalaram, assim como os dos demais, até mesmo do pobre Gai. Sasuke encarou Itachi que ordenou que ele fosse resolver a situação rapidamente enquanto ele vigiava o refém. Mas era bom que Sasuke retornasse logo para que pudessem se livrar daquele incômodo de collant. E Sasuke concordou.

Isso tudo foi decidido com uma rápida troca de olhares. Habilidade secreta do sharingan e dos irmãos Uchiha.

- Gaara loucão? Essa eu quero ver!

Kiba saiu empolgado, e Sakura e Sasuke o seguiram. Quando Naruto tencionou sair, Itachi fechou a porta. Silêncio.

- Se fizer movimentos bruscos, farei com que não faça mais nenhum movimento na vida.

Naruto Uzumaki engoliu em seco.

~*~

Do lado de fora, a situação encontrava-se altamente crítica. Gaara havia se agachado na beirada do telhado feito uma gárgula. Mesmo estando possuído pelo alucinógeno, tinha consciência de que sua reputção estava totalmente acabada.

- Gaara, por favor saia daí. - implorou Temari. - Venha para cá e iremos tomar um chá.

- Não!

- Se você não vier para cá eu irei até aí!

- ..o ...o quê?! - Shikamaru piscou. - Temari você está louca? É perigoso e...ei! Volte!

Mas Temari já estava caminhando com cuidado pelo telhado. Ao vê-la se aproximar, Gaara se encolheu feito um coelho assustado.

- ...me deixa sozinho!

- Você já ficou sozinho demais, Gaara.

Enquanto Gaara se afastava para mais perto da janela do banheiro, Temari avançava com passos incertos, Kankurou roía as unhas de nervoso e Shikamaru praguejava baixinho, os demais convidados assistiam á tudo com interesse.

Assim que Sasuke chegou ao jardim e presenciou a situação, foi acometido por uma indignação total.

- Mas o que esse doido está fazendo?! É o funeral do meu pai! Eu juro que vou processar esse débil mental por atentado violento ao pudor, calúnia e difamação!

- Sasuke-san! - chamou Lee surgindo do nada. - Estamos com um problema.

- É, eu já vi! Juro que quando o Gaara descer, vai ter mais um defunto nesse velório!

- Não é isso, é a sua mãe.

- Ah, claro! Rápido, não deixem que ela veja essa putaria! Ela está muito debilitada pela perda do meu pai e...

- Ela já viu.

Lee apontou para um canto onde a senhora Uchiha desmaiara e tentava ser reanimada por Genmma e Shizune, sem sucesso. Sasuke surtou.

- MÃE! Gaara, desgraçado! SAKURA! - ele pranteou á plenos pulmões. - Vá acudir minha mãe!

Ele então se aproximou da banda.

- Vocês...preciso que tratem de garantir que ninguém saía deste jardim até eu voltar!

- Quem vai sair e perder esse espetáculo? - Karin ajeitou os óculos, atenta no telhado.

- ...mas o que tmeos de fazer?

- Não sei, usem suas criatividades! - respondeu Sasuke para Juugo. - Façam o que sabem!

- ...podemos ficar tocando? - indagou Suigetsu com uma sobrancelha erguida.

- Ah, não sei! Façam um strip tease, parece que todo mundo tá querendo putaria mesmo e... - Sasuke se lembrou da foto comprometedora de seu pai. - Mas se alguém entrar na casa, toquem o mais alto que puderem!

- ...qual música?

- Sei lá, qualquer coisa!

Sasuke, aturdido, entrou novamente na casa enquanto os três músicos se encararam.

- Tá; - Suigetsu começou. - E o que vai ser? Marcha fúnebre ou o tema de psicose em homenagem ao kazekage loucão?

- Prefiro It's Rainning Man.

- Tu é uma ruivinha assanhada mesmo.

Foi então que Suigetsu e Karin começaram a trocar insultos de baixão calão enquanto Juugo assista ao show do kazekage saboreando uma tigela de amendoins.

~*~

Em um canto mais afastado do jardim, os três lendários sannins estavam a conversar animadamente sobre os bons tempos em que eram jovens e podiam fazer tudo. E o fato de estarem bebericando saquê, umas doses de cerveja e degustando amendoins, só fazia com que se sentissem mais relaxados.

- ...e vocês lembram daquela missão secreta em que tivemos de usar jutsus para nos travestir? - riu Tsunade. - Eu me tornei o cafetão Tsunon, o Jiraya era a Jirahana o Oorochi...qual era mesmo o nome?

Oorchimaru jogou seus longos cabelos para trás, dizendo com voz embargada.

- Oorchina, ao seu dispor.

Os três sannins caíram na gargalhada.

- Nossa, aquela foi a pior e mais divertida misão das nossas vidas!

- Lembra do ninja inimigo que gmaou em você? - indagou Oorochimaru sarcástico.

- Nem me lembre! Aquilo foi medonho! - Jiraya cuspiu no chão, com nojo. - Droga, preciso ir ao banheiro, estes amendoins não me caíram bem...pô, Tsunade! Quando você vai me curar?! Não aguento mais ficar nessa cadeira de rodas!

- Ei, olha lá! - excalmou Tsunade desviando do assunto. - Tem um cara pelado encima do telhado!

- Nossa, é mesmo. - Oorchimaru ficou interessado. - Parece que o pequeno Gaara do Deserto não é tão pequeno assim...

Jiraya pensou em retomar a conversa anterior e obrigar Tsunade a curá-lo, mas desistiu A súbita dor de barriga era aguda e ele sabia que quando  liberasse, ficaria incontrolável. Melhor procurar um banheiro antes que fosse tarde demais.

~*~


continua...

25 de abr. de 2011

FanFics Naruto - Caos no Velório - parte 5



~*~

- Kiba, finalmente! Preciso falar contigo!

Kankurou praticamente puxou o outro pela gola do paletó e o arrastou até um canto. Akamaru continuava no jardim, se arrastando pela grama e ganindo excitado.

- Me devolve os alucinógenos!

- Qualé! Eu já paguei o barato, manolo!

- Eu te devolvo a grana mas preciso pegar o pote de volta!

- ...que aconteceu? Você está agindo como um usuário endividado.

- Eu serei morto se não entregar os alucinógenos para minha irmã.

- Tua irmã também curte?

- Nao! Droga, acontece que, em casa, ela deu um comprimido para o meu irmão pensando que era calmante!

Kankurou não precisou entrar em detalhes, pois Kiba logo entendeu e foi obrigado a controlar o riso. Imaginar Gaara chapado seria um espetáculo e tanto.

- Mas, cara. - ele começou. - Isso é problema seu e da sua família.

- Se descobrirem os alucinógenos em um pote de NARUM, irão descobrir que eu fabrico e você vende! Iremos nos ferrar juntos, portanto me devolve agora!

Emburrado, Kiba começou a vasculhar os bolsos para achar o pote. Não havia nada. Encarou Kankurou e esse compreendeu.

- Comece a procurar agora! DEPRESSA!

~*~

Temari nunca antes estivera tão apreensiva. Mesmo tendo seguido Gaara, ele havia conseguido se trancar no banheiro e o fato de não responder quando o chamava e ouví-lo mexendo nas coisas do banheiro a deixava preocupada. Não poderia usar a força e quebrar uma porta da casa dos Uchiha e ninguém poderia descobrir que o kazekage de Suna estava drogado por um alucinógeno fabricado pelo próprio irmão. Seria um escândalo em toda a sociedade shinobi.

- Gaara....ei, fale comigo. Você está bem?

- Meu pintinho amarelinho...cabe aqui na minha mão! Na minha mão!

Temari controlou o acesso de desespero. O efeito do alucinógeno estava aumentando, pois há pouco Gaara estava cantarolando músicas do Balão Mágico e agora já eram canções infantis com duplo sentido. A situação ia de mal a pior.

- Oi, Temari. Pelo visto você está com dificuldades.

A loira virou para trás, avistando Shikamaru que mantinha seu típico semblante de tédio. Ela fechou a cara.

- Se manda, Shikamaru. Estou ocupada demais agora.

- Ah, sim. Você sempre coloca o seu irmão problemático como prioridade. Agora mesmo ela está tendo um de seus ataques e você fica aí, desesperada. Como se não bastasse, seu irmão além de tomar todo o seu tempo, ainda a faz passar vexame.

- Cale-se! Eu já falei que não vou tolerar que ningúem ouse criticar meus irmãos! O Kankurou eu ainda tolero porque ele não é um bom exemplo, mas o Gaara não pode ser criticado porque ninguém é capaz de compreendê-lo!

- O Gaara não consegue se expressar porque toda a sua família, inclusive você, cuida demais da vida dele! Onde já se viu andar com uma maleta de remédios como se o kazekage fosse uma criança?

- ...o Gaara precisa tomar os remédios!

- Isso é o que você e sua família acham! O tranformaram em um hipocondríaco, por isso ele é assim.

Temari procurou se controlar. Já Shikamaru cogitou se realmente valia á pena se integrar áquela família problemática. Afinal, ele estaria se unindo á uma estressada e ganhando de bônus um cunhado excêntrico, um cunhado com distúrbios mentais e um sogro psicopata.

- O que foi? - rosnou Temari. - Se veio aqui para ficar criticando minhas atitudes é melhor ir embora ou eu te jogo pela janela!

- Não sairei até terminarmos de discutir a relação. Foi um absurdo você ter rompido comigo só porque falei algumas verdades!

- Chama aquelas calúnias de verdades? Mas você é mesmo muito cínico!

- Verdades, sim! E a prova é esse retardado do teu irmão dando vexame no velório!

- O Gaara não é retardado, ele está drogado!

- ...além de distúrbios mentais ele ainda é um viciado?!

- Não! Ele tomou acidentalmente as drogas que o Kankurou fez!

Silêncio. Shikamaru encarou Temari e ela percebeu que falara mais do que deveria. Derrotada, sentou-se na frente da porta do banheiro.

- Ok, você venceu. Eu sou de uma família problemática demais.

- ...case-se comigo, Temari.

~*~

- No escritório de Fugaku Uchiha, o silêncio era sepulcral. Itachi tentava manter sua passividade e assimilar todo o peso da revelação acerca do segredo obscuro de seu pai. Porém, toda vez que ele olhava para Maito Gai, sua racionalidade ia por água abaixo.

Se o segredo de seu pai era chocante por si só, piorava por justamente Maito Gai estar envolvido. Maito Gai e Fugaku Uchiha. A odiosa prova embaixo de sua mão. Se aquilo viesse a se tornar público, o clã estaria vergonhosamente arruinado. Maito Gai...

- ...o que você quer, afinal? Arruinar a imagem de meu pai e acabar com o orgulho de nosso clã?

- Não. Eu gostava de seu pai e realmente não queria ter chegado á esse ponto. Mas, se eu não receber o que me é direito...

- Você só teve um caso com meu pai! - sussurou Itachi. - Isso é um absurdo e não ouse mostrar essa foto para minha mãe ou para ninguém!

- Mostrarei se não me entregar um terço das ações de seu pai. O que peço para saldar minhas dívidas é uma merreca perto do dinheiro que você e seu irmão possuem com as próprias carreiras! Me pague, eu vou embora e o assunto está encerrado. Não pague e terei de ir á editora de revista de fofoca com essa foto em mãos!

Silêncio. A decisão nos olhos de Gai eram verdadeiras.

- Esse é um assunto sério, terei de falar com Sasuke antes de tudo. - Itachi se levantou. - Fique aqui e não saia. Fique lendo um livro ou acessando a internet. Volto já.

Quase mecanicamente, Itachi colocou a respectiva foto entro do próprio paletó e, lutando para manter a expressão mais passiva possível, saiu do escritório. Mal havia fechado a porta, foi abordado por Hiashi Hyuuga e mais alguns renomados shinobis de meia-idade.

- Itachi! - chamou o patriarca Hyuuga. - Estávamos aqui relembrando os bons tempos de nossa juventude. Seu pai tinha o costume de comemorar o sucesso das missões fazendo com que todos nós nadássemos no lago nus!

Os demais shinobis riram. Para eles aquilo tinha sido apenas um costume ingênuo da juventude, exceto talvez por Fugaku Uchiha. Itachi não esboçou qualquer reação e apenas se afastou discretamente.

~*~

No banheiro, Sabaku no Gaara não estava se sentindo nada bem. Aquela seria a primeira e última vez que ficava drogado. Depois de assustar-se com o próprio reflexo no espelho, desenrolar todos os rolos de papel higiênico, jogar os sabonetes no vaso sanitário, espirrar creme dental nas paredes e livrar-se das próprias roupas, Gaara sentou-se em um canto entre o lavabo e a privada, tentando inutilmente se concentrar para acabar com as alucinações, mesmo sendo em vão.

Gemeu baixo, balançando a cabeça sem conseguir articular qualquer palavra. Era como se todo o banheiro rodopiasse e formasse uma constante ondulação no chão e nas paredes. Isso sem falar nas cores - tudo era verde, roxo, azul turquesa e fosforescente. Seus olhos então se focaram no vitrô do banheiro que, estando totalmente aberto, permitia o vislumbre de um verdejante vale ao longe.

Com passos trôpegos, Gaara se aproximou do vitrô, subindo no lavabo para que pudesse olhar melhor para fora. O vitrô dava acesso á escadinha que levaria ao telhado. Lá do alto, ele poderia admirar a paisagem e decidir a própria vida.
~*~

Sasuke Uchiha já estava falando para a banda, ineterruptamente, há quase vinte minutos. Suas idéias, metas e ambições para o grupo musical que pretendia formar estavam praticamente prontas e ele não aceitava sugestões. Juugo, debruçado sobre a bateria, acreditava que o projeto da banda poderia ter algum futuro mas o processo seria lento; Suigetsu achava aquilo uma perda de tempo e dinheiro, enquanto Karin pouco se importava com o resto enquanto pudesse ficar ao lado de Sasuke.

Quando Sasuke ia começar a cantarolar uma das músicas que havia feito, Itachi se aproximou.

- Preciso falar um assunto muito sério.

- ...estou ocupado agora! - rosnou o caçula. - Não me atrapalhe com ladainhas!

Itachi estreitou os olhos e, agarrando Sasuke pelo colarinho, tratou de praticamente arrastá-lo para longe sob o olhar atento da banda.

Foi com uma rapidez notável que Itachi conseguiu arrastar Sasuke até a lavanderia, lugar em que não havia ninguém, pois era um local esquecido. Sasuke demorou alguns segundos para assimilar o que acontecera e encarou o irmão, furioso.

- O que pensa que está fazendo?! Me tratou feito um saco de batatas! Quem viu ficará dizendo que eu sou um frouxo sem personalidade própria que está smepre á sombra do irmão mais velho!

Itachi pensou em retrucar, mas sabia que não era o momento para discutir tal assunto.

- Seguinte, Sasuke. Nós temos um problema. Um grande problema. Dos graves.

- ...o que é?

- Sabe o Maito Gai?

- ...sim. Aquele esquisistão cheio de mal gosto. Eu não sei porque ele deu as caras aqui. Desde quando nosso pai tinha alguma espécie de contato com Maito Gai?

Itachi não respondeu de imediato, pois a imagem daquela foto constrangedora passou por sua mente. Após alguns segundos, ele respondeu em um tom de voz melancólico, resignado e quase filosófico:

- Um contato muito maior do que sequer poderíamos imaginar.

Silêncio. Sasuke encarou o irmão com uma sobrancelha erguida.

- Do que diabos está falando?

- Papai sempre foi uma pessoa reservada. Ele nunca foi de expor para os outros seus sentimentos e opções...

- Você me arrastou para a lavanderia para ficar choramingando sobre o papai? Caramba! Faça isso no velório...não! Não faça! Se fizer, todo mundo lhe dará atenção!

- Eu ainda não falei sobre nosso pai e Maito Gai.

- ...e o que o papai tinha com aquele esquisitão de colant?

- Ele possuía uma relação com nosso pai.

- Que tipo de relação?

Silêncio sombrio. Sasuke e Itachi se encararam por um tempo e quando Sasuke começou a arregalar os olhos, o outro apenas afirmou lentamente com a cabeça.

- ...isso só pode ser brincadeira!

- Quem dera se fosse, mas não é. Maito Gai me confidenciou que ele e nosso pai tinham uma "aproximação" á meses. Papai fez com ele passeios e viajens que nunca fez conosco ou com mamãe.

- ...e o que ele quer vindo aqui e contando isso?

- Dinheiro. Como...você sabe, ele alega que tem direito á um terço da fortuna. E falou que, se não aceitarmos, irá contar á todos que ele e o papai...

- Que absurdo, ele não pode fazer isso! É chantagem! Mas que provas concretas ele tem para...

- Ele mostrou fotos da viajem e festas onde estava junto com o nosso pai.

- Isso pode ser estranho mas não prova nada! Fotografias assim não podem ser provas que há meu Deus!

Sasuke recuou assustado quando Itachi lhe estendeu "aquela"  foto. O caçula Uchiha a examinou enojado e procurou manter o controle.

- Entende agora? Estamos literalmente ferrados. - Itachi guardou a foto. - Papai era....o caso é que se não dermos dinheiro á Maito Gai, ele publicará essa foto e a imagem não só do nosso pai mas de todo o clã Uchiha ficará arruinada. E isso seria um problema constrangedor.

Sasuke compreendia e precisava admitir que Itachi tinha razão. Eles não poderiam correr o risco de que aquela revelação sobre as preferências sexuais de Fugaku Uchiha se tornassem públicas juntamente com os detalhes dessa relação que Maito Gai revelaria. O que seria da sua mãe e do clã? Pior, o que seria da reputação dos filhos de Fugaku se isso se tornasse de conhecimento público?

- ...o que vamos fazer, onii-chan?

- Teremos de aceitar a chantagem e pagar para que Gai fique de boca fechada.

- Eu não consigo aceitar que termos de jogar o orgulho Uchiha no lixo e ser chantageados por aquela coisa!

- "Aquela coisa" chama-se Maito Gai. É isso ou ficaremos sabendo das verdadeiras intimidades sexuais do papai.

- Eu não quero saber disso! - Sasuke levou ambas mãos na cabeça, olhos arregalados. - Vamos resolver isso agora!

~*~

Maito Gai estava sentado confortavelmente na poltrona vendo os vídeos amadores que Sasuke Uchiha produzira para postar na internet quando a porta foi aberta e os dois irmãos entraram. Os três ficaram um tempo em silêncio e nem mesmo o reluzente sharingan ativo era o suficiente para aplacar a convicção do mestre em taijutsu.

- Meu irmão já me contou e mostrou...tudo. - falou Sasuke. - E concordamos em acatar o seu pedido. Iremos te pgar mas em troca você não dirá ou mostrará absolutamente nada sobre você e nosso pai á ninguém!

- ...e irá se livrar de todas as provas. - completou Itachi sombriamente. - Todas.

- ...está bem. Seu pai sempre foi uma pessoa discreta e não tenho qualquer intenção de contradizer sua memória.

Sasuke e Itachi desejaram esganar aquele homem. Como Maito Gai tinha a coragem de falar tal absurdo depois de chantageá-los com aquela fotografia? E discreto? Aquela foto punha em dúvida a discrição de Fugaku Uchiha.

Como Itachi era uma pessoa deveras ocupada com a banda Akatsuki e portanto ausente no que se dizia respeito aos assuntos da família, cabia á Sasuke cuidar das finanças. De modo que ele sentou-se na mesa e tirou de uma das gavetas, um talão de cheques.

- Depois de receber isso, trate de nunca mencionar nada.

- ...perfeitamente de acordo.

Quando Sasuke estava terminando de preencher o cheque, ele notou que Gai estivera vendo os vídeos musicais que produzira, editara e pretendia colocar no Youtube. Pensou durante alguns segundos e decidiu pedir uma opinião.

- Acaso viu os vídeos musicais que fiz?

- Sim. É que o Itachi disse que eu poderia mexer no computador enquanto ia falar com você. Eu pensei e acessar a internet para responder alguns recados do Facebook mas aí vi o ícone do seus vídeos no dekstop e...

- Esqueça a explicação! - pediu Sasuke. - Eu ainda não tinha mostrado esses vídeos á ninguém e estou pensando em montar uma banda de rock, sabe? Então, se já viu meus vídeos de amostra, me diga o que achou.

Gai abriu a boca para falar e Sasuke impediu.

- Não minta. Seja sincero, por favor.

Silêncio. Gai resolveu acatar o pedido e ser o mais sincero possível.

- Devo dizer que fiquei surpreso ao saber que você possui interesse na carreira musical. Só que, pra ser sincero, a música que ouvi não era nem de longe o que pode se chamar de rock n' roll. Por exemplo, vamos comparar sua música com a de Itachi-san. Itachi possui uma presença original nos palcos, é criativo sem ser apelativo. O figurino dele foca-se em umam istura de estilos realmente derivados do rock da década de 70 e 80. A voz dele é fenomenal, mantendo um timbre fixo do começo ao fim. E as letras que compoem...são complexas, profundas e metalinguisticas. Seu irmão é de...

- Eu não quero que fale do Itachi! - rosnou Sasuke, olhos faiscando. - Fale de mim e do meu projeto!

Silêncio.

- Ok...bom o que quero dizer é que seus vídeos são diferentes. Você tentou uma espécie de inovação ao querer agregar um estilo da...moda e isso ás vezes não possui um retorno positivo.

- Como assim?

- Você exagerou. Sabe, esse lance de fazer vídeos musicais para a web, usar roupas coloridas não pega muito bem.

- Você usou roupas coloridas?! - nenhum dos dois deu atenção á pergunta indignada de Itachi.

- Sua voz é até boa mas dá uma pequena afinada no final. - continuou Gai.- E as letras...ser explícito demais e rebelde deixou tudo muito consumível. Sucesso pode ate fazer entre os jovens mas perante os críticos não é algo de status positivo.

O silêncio que pairou na sala após aquela explicação foi completamente sepulcral. As feições de Sasuke passaram da passividade ao ódio em questão de segundos. Aquilo já era demais para ele suportar. Pegou o cheque e o rasgou em pedaços com uma raiva maior do que seria necessário.

- ...o que está fazendo?!

- CHEGA! - vociferou o jovem. - Eu não aguento mais essa maldita comparação que...

Parou ao perceber o rosto consternado de Itachi e os olhos arregalados de Gai. A imagem de Maito Gai e seu pai naquela fotografia...

- Eu não vou tolerar isso! É um absurdo que nós nos deixemos ser chantageados por essa coisa!

- EI! - rosnou Gai ofendido quando Sasuke apontou um dedo acusador em sua direção.

- Nós somos Uchihas! Temos nosso orgulho e não temos de ficar pagando para a verdade do papai ser mantida em segredo! É um absurdo!

- O pai de vocês me disse que, se ele morresse, um terço de seus bens seriam entregues á mim! - os olhos de Gai encheram-se de lágrimas. - Mas meu nome sequer consta no testamento! E vocês não fazem idéia do tanto de coisas que tive de fazer para ele!

Gai disse aquelas palavras esfregando os lábios e os dois irmãos agradeceram mentalmente por ele não entrar em detalhes.

- Se vocês não derem o dinheiro que é meu por direito, eu sairei por aquela porta e todos saberão da verdade!

- Pois que saibam! - rebateu Sasuke. - Melhor essa verdade do que ser chantageado por você!

Gai respirou profundamente e se levantou decidido em direção á porta. Entretanto, Itachi se interpõs entre ele, dizendo sombriamente.

- Daqui você não sai.

- Saio, sim! Você ouviu o que seu irmão disse!

- Sasuke não está em seu juízo perfeito.

- Não quero saber! Me deixe passar!

- Mangekyou Sharingan!

Quando Maito Gai estancou pelo efeito da técnica, Itachi jogou-se por cima dele, procurando imobilizá-lo da melhor forma que podia. Mas, ao bater a cabeça no chão, Gai recuperou a consciência e ao perceber que estavam tentando detê-lo, procurou lutar desesperadamente e gritar por socorro. Mas Itachi tratou de mobilizar seus braços e lhe apertar o pescoço; Sasuke assistiu á tudo, chocado.

- Depressa, Sasuke! - falou Itachi aplicando uma chave inglesa em Gai. - Encontre algo para amarrá-lo e fechar essa maldita matraca!

- M-mas o que...

- SOCORRO!! Alguém! Estão tentando me assassinar!

- Cale a boca! Depressa, Sasuke! É questão de honra ou desonra!

~*~

Após causar crises de depressão em algumas pessoas devido os seus comentários ferinos, Kabuto sentou-se confortavelmente em uma cadeira mordiscando amendoins. Assim, ele notou alguma coisa diferente na fachada da mansão Uchiha. Era algo estranho no telhado da casa e que, devido á distância e seu alto grau de miopia, não conseguia ver com clareza. Assim, levantou-se, caminhou alguns passos e ficou olhando para cima, na direção onde uma forma diforme caminhava no telhado, para lá e para cá.

Não demorou para que mais pessoas que estavam no jardim passassem a olhar na mesma direção que Kabuto. Mas ao contrário dele, conseguiram discernir a forma com clareza, ficando surpresas e chocadas.

Nisso, Kankurou surgiu no local praticamente se arrastando entre os arbustos á procura de seu pote de NARUM. Já estava procurando aquilo á horas, em todo lugar e não encontrava. Aquilo não poderia ter simplesmente desaparecido e se alguém descobrisse o verdadeiro conteúdo dentro daquele pote, ele teria problemas.

Parou sua busca ao perceber a atenção das pessoas voltadas para o telhado da mansão.

- Ei, o que está havendo aqui? - indagou para Ino que, sorrindo excitada, apenas apontou para o alto.

Ao olhar e ver, Kankurou empalideceu, sentindo seu mundo desabar como se fosse um castelo de areia. Literalmente.

- ...meu santo kazekage.

Em cima do telhado da residência Uchiha, estava Gaara. Completamente nu.

~*~


continua...

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