31 de mar. de 2011

Kuroshitsuji



Afinal, eu sou um mordomo e tanto.



Kuroshitsuji é um dos animes que, estética e visualmente impressiona. Mantendo um belíssimo traço e uma animação caprichosa, os personagens são bem expressivos (uma qualidade das obras denominadas shoujo) e o estilo das roupas é simplesmente fenomenal (só perdendo, talvez, para o ilustríssimo mangá de Trinity Blood). Isso advém do fato de que a história de Kuroshitsuji ser ambientada na Londres vitoriana (por volta de 1860 - 1880). Como se não bastasse, a obra trata de demônios e pactos, o que certamente atraiu fãs.

Talvez o único ponto negativo de Kuroshitsuji seja o fato de ser uma obra YAOI. Yaoi é um gênero muito popular entre as mulheres, embora trate do romance homossexual entre dois homens (não me pergunte a razão disso fazer tanto sucesso entre o público feminino, nem os psicólogos sabem). O problema aumenta porque os personagens masculinos são absurdamente belos (o demõnio Sebastian é, literalmente, uma tentação).

Mas não me aterei no yaoi neste artigo. Pois Kuroshitsuji embora pertença ao gênero, não foca nisso constantemente e de forma melodramática. Assim como Tokyo Babylon, a obra possui enrtedo e não é um romance. Na verdade só pessoas com senso crítico notarão as referências de duplo sentido (isso pelo menos na primeira fase). Portanto, se você aprecia histórias de anjos/demônios e mistérios sobrenaturais com um humor divertido e belo visual, feche os olhos para o yaoi e aproveite.

O protagonista é o jovem aristocrata Ciel Phantomhive: sério e recluso, embora tenha apenas 13 anos é dono da maior empresa de brinquedos do mundo: as indústrias Phantomhive.
Após perder os pais em um misterioso incêndio, Ciel, consumido pela vingança, aceitou fazer o pacto com o demônio. E a prova do "contrato" é o símbolo tatuado em sua íris (a qual ele esconde com um tapa-olho).

O tal demônio do contrato atende pelo nome (certamente falso) de Sebastian Michaelis. Devido ao pacto firmado com o jovem Ciel, o belíssimo Sebastian torna-se seu mordomo. Embora seja um demônio deveras poderoso, Sebastian cumpre rigorosamente a regra do contrato, tendo que servir e acompanhar seu mestre como qualquer mordomo. Sebastian é talentoso e incrivelmente perfeito em qualquer coisa que se habilite fazer.

A pergunta intrigante entre a relação de ambos é relacionada ao pacto. Ciel o fez para que pudesse obter sua vingança e Sebastian aceitou auxiliá-lo para obter algo em troca. Esse "algo" é nada menos do que a alma do contratante. Quando Ciel concluir sua vingança ele tem plena consciência de que Sebastian devorará sua alma.

Apesar disso, Ciel e Sebastian levam uma vida normal, com o garoto administrando a fortuna dos Phantomhive e o mordomo-demônio cuidando dos afazeres diários da profissão; preparando o chá da tarde, administrando a agenda do patrão, cumprindo serviços, acompanhando seu mestre em reuniões sociais e dando ordens aos demais empregados (que são bizarramente atrapalhados). Entretanto, além de cuidar das finanças da família, Ciel é o famoso "cão de guarda" da rainha e, como reza a tradição, tem o dever de resolver certos casos misteriosos em Londres.

O ponto alto de Kuroshitsuji reside aqui. Os casos apresentados seguem todos uma referência á obras renomadas da literatura inglesa. Como o caso em que as personagens vão á um vilarejo retrógado onde existe um cão-fantasma - talvez uma homenagem ao Cão dos Baskervilles, de sir Arthur Conan Doyle. Aliás, a presença da aura de Sherlock Holmes está presente na ambientação e forma como alguns mistérios são apresentados e, durante uma festa na corte, o personagem indiano Ramma surge trajado com a clássica roupa axadrezada de detetive.



A diversidade de personagens apresentados durante os fatos comprovados historicamente são outro destaque. A chegada do príncipe indiano Ramma e seu fiel lacaio mostram a revolta contida dos imigrantes en Londres. Assim como o episódio em que Ciel veste-se de mulher (nota para a engraçada e subliminar cena de colocação do corset) para investigar o tráfico de humanos por um respeitado burguês. Claro que a melhor referência histórica se dá através do divertido chinês Lao (sempre agarrado á tentadora Ranmao). Passando-se de desentendido, eke comanda o consumo de ópio nos subterrâneos da cidade. "Eu vendo sonhos ás pessoas" é o que ele diz em meio á vários viciados espalhados pelo salão de consumo da droga em narguilés.

Porém, nenhum desses casos surpreende mais do que a delirante e deliciosa versão que a autora dá ao caso de Jack, o Estripador. O primeiro serial killer documentado da história é um dos melhores momentos da série. É nesse interim que conhecemos a tia de Ciel, a memorável Madame Red. Em seus bleos trajes rubros a personagem fixou uma presença tão forte que, embora tenha aparecido em poucos episódios, possui vasta quantidade de cosplayers.

Ainda no caso de Jack, conhecemos o shinigami Grell Sutcliff. Insano, perigoso e extravagante, sua paixonite fanática por Sebastian arranca risadas e o fato de sempre acabar se dando mal por conta desse "amor", nos simpatizamos comn sua pessoa. Como todo Deus da Morte, Grell não deve ser subestimado e, para cortar a alma de suas vítimas, ele usa não uma foice e sim um grande serra elétrica.

Mas, quando Ciel começa a duvidar das verdadeiras intenções da Rainha da Inglaterra, é que a coisa se complica. E, á medida que vamos descobrindo os mistérios, vamos conhecendo mais sobre Sebastian que, atrás de um mordomo perfeito reside um assassino frio.

Onde reside um demônio simpático e "bom", também há um anjo. E talvez a presença desse único anjo ilustre uma das questões mais interessantes de Kuroshitsuji. O anjo, em sua própria revelação, pode tanto ser homem quanto mulher (a teoria dos anjos sem sexo). E chegamos á conclusão com base em suas intenções, que fazer pacto com um demõnio é ruim, mas fazer pacto com um anjo pode ser muito pior.

O final da primeira fase é simplesmente excelente. A Londres em chamas (um fato que realmente ocorreu na época) e a batalha final é contudente. O epílogo então...talvez um dos finais mais místicos e inspiradores dos animes, coberto com uma penetrante trilha sonora.

Kuroshitsuji, em minha opinião, acabou na primeira fase. Mas, diante do sucesso da obra (e certamente pressão de fãs alienadas por yaoi), a autora deu prosseguimento á história.

A segunda fase possui 12 episódios e, embora os cenários e movimentação dos personagens seja primoroso, o enredo decepciona por conter cenas e diálogos de yaoi em demasia. Os mistérios e complexidades presentes na primeira fase são quase inexistentes na segunda. A idéia de outra pessoa fazer pacto com o demônio e se apaixonar por ele sem ser retribuído é interessante e nesse ponto foi bem elaborado. Porém ,o fato de Sebastian e Claude (o outro mordomo demoníaco) ficarem lutando por Ciel é apelativo demais. Sem contar que a fragilidade sentimental de Sebastian não combina com o seu "eu" da primeira fase.


O foco na segunda parte é quase inteiramente de Alois Trancy, um garoto parecido com Ciel, só que afetado e insano. Homossexual assumido Alois, á despeito da aparência, é cruel e emocionalmente instável que agride verbal e fisicamente sua passiva empregada Hannah quando Claude não lhe obedece da maneira que o garoto deseja. Invejando Ciel, Alois começa a fazer tudo para eliminá-lo.

Talvez o ponto realmente interessante seja o passado de Alois. Por uma cruel ironia do destino, Alois tem todos seus desejos realizados e paga um alto preço por eles. Sozinho, torna-se escravo sexual de um velho e rico pedófilo e os abusos ilustram a razão do garoto fazer o pacto com o demônio. Só que, por mais que ele deseje, Cluade jamais sentirá por ele o que Sebastian sente por Ciel. E a inveja de Alois perante essa verdade literalmente o faz rastejar aos pés do demônio em prol de atenção.

O final da segunda fase deixa muito a desejar e para aqueles que apreciam uma trama elaborada, concluem que a história deveria ter terminado na primeira fase, com seu desfecho aberto e subtendido: a última cena dessa parte ao som da melancólica Si Deus me Reliquint seguida pelos créditos da viciante canção Lacrimosa, é sublime.

Embora o anime tenha terminado, o mangá continua, tendo no momento 10 volumes não publicados no Brasil, criado pela autora: Yana Toboso. O sucesso de Kuroshitsuji rendeu uma boa quantidade de produtos direcionados ao público otaku e entre os fãs Sebastian é um símbolo sexual de animes e mordomo dos sonhos para qualquer mulher. E as roupas elegantes da época vitoriana inspiram excelentes cosplayers ocidentais.

Enfim, se você aprecia animes de qualidade que mescla ocultismo, mistério e comédia, Kuroshitsuji é recomendado. Como dito anteriormente, se fechar os olhos para o yaoi é possível apreciar a obra sem problemas (nesse caso recomendo que veja apenas a primeira fase). Pois Kuroshitsuji é interessante. Mesmo.

~*~


28 de mar. de 2011

TOP DE LINHA - 7 Atores



TOP 7 - Belos Atores




Eu sei que para começar essa sessão eu deveria fazer uma lista mais culta e coisa e tal mas...quando vi algo parecido no blog Refúgio Negro (www.gothcassie.blogspot.com) da minha amiga e parceira Cassie, eu não resisti e acabei fazendo um Top 7 dos atores que mais me atraem.


7º lugar:

HUGH JACKMANN
Foi uma verdadeira e agradabilíssima surpresa quando o escultural Hugh Jackmann surgiu nas telas dando vida ao personagem que o consagrou: Wolverine. Hugh é bonito, sensual e sabe mostrar a virilidade masculina. É também um ator talentoso e de uma simpatia e simplicidade fantásticas.

O australiano foi capaz de agradar os fãs mais puritanos de X-Men ao ser Wolverine (embora ele seja muito mais alto do que o personagem). Com o reconhecimento garantido, Hugh passou a estrelar outros filmes de diversos gêneros, provando sua capacidade como ator.
Hugh Jackmann é o tipo que conquista facilmente e de qualquer forma.

Alguns Filmes:
- X-Men trilogia
- Kate e Leopold
- A Senha: Swordfish


6º lugar:


MATHEW LILLARD
Este é um ator que pode passar despercebido mesmo tendo 1,90 de altura, mas não por mim. Matthew é o tipo de homem que pode não ser belo, mas possui um charme excêntrico capaz de atrair aqueles que apreciam tal coisa. Sorridente, ele sempre realizou papéis mais ou menos cômicos, que possuíam alguma semelhança com si mesmo.

Embora seja lembrado como o Salsicha do Scooby Doo (que omitiu seus notáveis atributos físicos), ele já possuía uma vasta carreira artística, especialmente aderindo á estética alternativa.
Mathew Lillard impõe respeito com sua habilidade de moldar personagens excêntricos e divertidos, assim como ele.

Alguns Filmes:
- Pânico
- Os 13 Fantasmas
- SLC Punk!


5º lugar:

JARED LETTO
Simplesmente perfeito. Jared é dotado de uma beleza tal que nem parece real. Como se não bastasse, não é só um ótimo ator, mas também um ótimo cantor, sendo vocalista da banda 30 Seconds to Mars. Independente de alguns escândalos ocasionais em sua vida, Jared é o raro tipo de ator que não se preocupa em alterar drasticamente a aparência em prol de um papel.

Foi assim que ficou irreconhecível ao interpretar o assassino de John Lennon. Mas, ao natural, Jared é hipnotizante, especialmente devido á sua estética ás vezes pouco convencional.
Jared Letto possui um dos mais belos e fascinantes olhos azuis, o qual as câmeras sabem captar com perfeição.

Alguns Filmes:

- Alexandre
- O Senhor das Armas
- banda 30 Seconds to Mars


4º lugar:

JOSH HOLLOWAY

Este certamente desceu do Olimpo para viver entre os mortais. Josh Holloway é dotado da beleza de Apollo e da aura misteriosa de Hades.

Quando eu (e certamente qualquer apreciador da beleza humana) o viu pela primeira vez, foi fascínio na certa. Belo é pouco. Mas não é só de aparência física (e que aparência!), Josh se consagra: é um ótimo ator e muito simpático. Sua fama surgiu no seriado LOST, onde ele deu vida ao irresistível e hilariante canalha Sawyer. Personagem este que o torna ainda mais admirado por fãs de qualquer estirpe.
Josh Holloway certamente terá uma boa carreira pela frente, pois ele merece.
Alguns Filmes:
- para conhecer seu trabalho, basta acompanhar a série Lost.


3º lugar:

STUART TOWNSEND 

Este é sem dúvida m de meus preferidos. Stuart pode não ser um excelente e extremamente consagrado ator, mas possui muitas outras qualidades. Simpatia, semblante encantador, profissional dedicado e uma beleza notável (quem não se lembra do escultural físico pálido do vampiro Lestat?), Stuart agora dedica-se não apenas como ator, mas como diretor.

Stuart Townsend faz o tipo de homem estável e responsável, além de carinhoso: não é raro ser flagrado ao lado da esposa, a atriz Charlize Theron. É um ator apaixonante devido á seu charme simples e carisma tradicional.

Alguns Filmes:

- A Rainha dos Condenados
- Três Vidas e um Destino
- As Mulheres de Adam


2º lugar:

BEN BARNNES
 
 Um ator promissor. Ben é bonito, charmoso, brincalhão, dedicado e com enorme potencial. Começou como modelo fotográfico mas felizmente despertou o talento para atuar. Ainda com resquícios adolescentes, ele tem uma sensualidade natural.
Talvez o que mais atrai em Ben é seu jeito normal que sobressai entre os personagens que interpreta, parecendo lhes dar o toque que faltava. Foi assim que ele passou para as telas personagens literários que ajudaram-no a ganhar renome.
Ben Barnes tem todos os requisitos de um príncipe ou um aristocrata. E isso certamente o tornará mais fascinante e com notável futuro.

Alguns Filmes:

-Bons Costumes
- As Crônicas de Nárnia - Príncipe Caspian
- Dorian Gray


1º lugar:

JOHNNY DEPP
É inevitável que ele estivesse em primeiro lugar. Resumidamente, Depp é a personificação de um homem perfeito na minha opinião (e na de milhões de mulheres pelo mundo).
A razão disso é que além de bonito, Depp é um excelente ator, dotado de estilo próprio, multi-talentoso: pode tanto ser um Don Juan quanto um Pirata, um Gângster, um Louco, um Investigador...enfim, qualquer coisa que quiser.
Johnny Depp é um libertino e ao mesmo tempo um pai de família. Com um jeito despojado e excesso de personalidade, ele é o tipo que escolhe os próprios papéis. Johnny Depp é tão perfeito que atualmente é raro existir alguém que não o admire.

Alguns Filmes:
- A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça
- Piratas do Caribe
- Inimigos Públicos


~* ~

25 de mar. de 2011

Papo Furado - Pequeno Desabafo



Olá pessoas, como teem passado? Espero que estejam melhores do que eu. Não que eu esteja em um caso crítico, simplesmente ando passando por um momento turbulento e estressante que anda me deixando frustada, nervosa, desiludida e com vontades homicidas.

Curiosamente, a gota d´água ocorreu um dia antes da tragédia ocorrida no Japão ( Tsu = abreviatura de Tsunami - fato verídico). Mas por favor, não pensem que eu desejo que o Japão afunde! Eu sou otaku afinal de contas. Tudo bem que não suporto yaoistas e semelhantes (espero que muitas yaoistas e escritoras de yaoi tenham afundado lá na terrinha *risada maligna* ) mas...brincadeiras á parte, a coisa foi séria por lá e creio que irá demorar um pouco para o Japão se recuperar. Ele conseguirá, disso não tenho dúvidas, afinal eles são japoneses! Se o povo superou duas bombas atômicas, superar terremotos é fácil.
- Recado para o estúdio de mangás CLAMP: Tias, depois desses terremotos está mais do que na hora de finalizar o mangá apocalíptico de X-1999!

Estou em um ponto quer me vejo de maos atadas, me sendo consumida por sensações não agradáveis e ás vezes penso que isso possa ser algum tipo de mau presságio. Não que eu seja bitolada com esse tipo de coisa mas...tem vezes que me sinto inclinada a acreditar.

Uma das maneiras em que me alivio é poder contar com a presença dos frequentadores do blog. Sério, pessoal. É reconfortante poder acessar o blog após um momento de stress e me deparar com os comentários de vocês sobre determinado artigo, descobrir um novo seguidor, verificar o tráfego diário. Muito obrigada, pessoal! É por isso que ando cada vez mais me dedicando ao blog, esperando poder sempre contar com a participação dos visitantes.
Vou aproveitar esse Papo Furado para dar um revival fabuloso no filme DEIXA ELA ENTRAR ( http://empadinhafrita.blogspot.com/2009/12/resenha-deixe-ela-entrar.html ) e assim comvidá-los a conhecerem a comunidade oficial dessa obra vampírica fantástica no orkut ( http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=1966545). Eu e os rapazes de lá estamos nos esforçando para mantê-la interessante e diversificada.

Não sei se vocês notaram a postagem abaixo, mas ela está ilustrando uma nova sessão do blog: a TOP DE LINHA. Se tiverem sugestões para "tops" deixem aqui!
Vou ficando por aqui. Nos vemos no próximo Papo Furado! o/

Top de Linha

TOP DE LINHA



Fugindo um pouco da tradição de artigos analíticos, opinativos e de certa forma neutros, decidi fazer aqui uma pequena nova sessão que estarei nomeando como Top de Linha.

farei um TOP 7 de coisas interligadas direta e indiretamente com os assuntos do blog. Este TOP 7 conterá diversas coisas, sejam personagens, obras e o que mais surgir na minha cabeça.


Deixo claro que este TOP 7 é uma lista feita inteiramente por mim, partindo do meu gosto pessoal. Assim, caso você não concorde com qualquer uma dessas listas, faça a sua própria. Mas quem sabe, dependendo do que aparecer na lista, descubramos que temos alguns gostos em comum?

22 de mar. de 2011

Laranja Mecânica



Talvez uma das obras mais polêmicas e controversas já criadas, a Laranja Mecânica (Clockwork Orange) escrita por Antony Burguess e adptada para o cinema por Stanley Kubrick em 1971, é simplesmente incomparável.
Essa análise pseudo-crítica irá tratar não do livro (extremamente raro de se encontrar atualmente), mas sim da versão cinematográfica de Kubrick, que revolucionou e chocou as platéias na ainda conservadora década de 70.

Tendo um perfeito enquadramento de câmera, excelente fotografia, chocantes atuações (palmas á Malcom McDownell), enredo elaborado e o inconfundível estilo de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica é uma obra como poucas,um clássico cultmerecidamente reconhecido pela crítica.
Crime. Castigo. Recompensa.


São exatamente esses três itens nessa ordem que se sustentam as bases do filme.
Em um suposto futuro não distante do presente da época, o espectador assiste á narrativa do jovem Alexander deLarge. Acompanhado por seus três amigos: Dim, Georgie e Peter e ostentando uniformes próprios, eles se auto-entitulam "os Droogues". Saindo sempre ao cair da noite depois de algumas horas no bar, para Alex e seus amigos o termo "diversão" se resume em espancar, vandalizar, roubar e aterrorizar qualquer um que estiver em seus caminhos. Seja surrando um mendingo, invadindo a casa de um escritor e violentando sua esposa ou atacando os próprios companheiros, Alex mantém um sorriso insano nos lábios. Sua maldade trouxe ás telas o termo "Ultraviolência".

Alex nos dá uma verdadeira aula de como um psicopata agressivo pode sobreviver á tudo sem jamais abandonar seus impulsos, não importa o tanto que os outros tentem fazer.

Talvez o ponto mais interessante ao conhecermos Alex é que ele é o típico "rebelde sem causa". É culto, fã de Bethoveen, conhecedor de filmes clássicos e música da época. Vive em uma boa casa, é mimado pelos pais (altamente passivos, devemos salientar), e se destaca em seu grupo de amigos. Então, o que leva Alex a sentir tamanho prazer e satisfação ao cometer infrações com alto requinte de crueldade?

Ninguém consegue compreender. Os pais acham que é uma fase, o assistente social crê ser um impulso adolescente, os amigos pensam que é complexo de superioridade e a polícia alega que é um marginal como tantos outros.

Só que Alex é muito pior que isso. E, ao longo do filme é que o espectador passa a tirar conclusões sobre o "inocente" (como ele próprio se define) Alex.
Após uma tentiva de assalto mal-suscedida, Alex é traído por seus companheiros (já fartos de suas constantes ameaças para se manter como líder) e acaba sendo preso.

Na prisão, ao se ver obrigado a conviver ao lado de diversos tipos de criminosos, Alex passa a ler constantemente a bíblia, atraindo a simpatia do reverendo da prisão.
É então que Alex encontra o que ele acredita ser o meio mais eficiente para se livrar do cárcere: tornar-se uma cobaia humana.

O programa Ludovico é uma iniciativa do governo que visa eliminar definitivamente todos os impulsos e instintos violentos dos criminosos incorrigíveis. Assim, Alex se oferece para se submeter e "curar" sua violência. Porém, o que ele acredita ser a liberdade logo se torna o início de seu pesadelo.
Submetendo-se á uma sucessiva tortura psicológica, Alex é amarrado e obrigado a assistir cenas de violência por horas á fio, sem poder sequer piscar os olhos ao som de sua música preferida.
E, diante de uma platéia, Alex é mostrado como o resultado positivo do programa Ludovico. Agora, incapaz de cometer qualquer ato de violência por mais que queira, Alex está pronto para se reintegrar á sociedade.

Mas o fato de ser incapaz de cometer qualquer ato de violência, ele se torna incapaz também de se auto-defender. E o destino não será benevolente com o jovem, colocando-o frentecá frente com todos aqueles que ele espancou e arruinou. De algoz, ele se torna vítima.


Com um enredo excepcionalmente criativo, Laranja Mecânica é uma obra única. É um marco do cinema por ser uma obra não convencional. É chocante pelo realismo da violência. É único por ter a impecável fotografia de Kubrick. É constrangedor ao mostrar as falhas de nossa sociedade. É impactante ao narrar o conceito de causa e consequência. É perturbador por ensinar que a sobrevivência cabe aos mais aptos. É inteligente ao traçar o jogo de interesses e habilidade persuasiva do governo e da mídia. É tragicamente cômico ao retratar opostos (cenas de violência ao som de belas músicas). É incomparável por nos provar definitivamente que, uma vez psicopata, sempre psicopata.

~*~


escrito por Tsunami que sendo fã da obra chegou ao ponto de fazer o cosplay de Alex deLarge. Então não é preciso explicar mais nada.



H.O.R.R.O.R.S.H.O.W


 

19 de mar. de 2011

FanFics Naruto - Caos no Velório- capítulo 02


 ~*~

O veículo automotivo seguia á alta velocidade pela entrada, realizando ultrapassagens arriscadas e desrespeitando todas as sinlaizações de trãnsito. A responsável por isso, Temari, acreditava estar dirigindo corretamente e mascava um chiclete, estourando bolas de vez em quando. Já Kankurou, sentado no banco de trás, concluía que mulheres como sua irmã ao volante eram um perigo constante.

Gaara, sentado no banco do passageiro estava alheio á todas as infrações pois, curiosamente, toda a paisagem que passava diante de seus olhos tinham uma fantástica coloração verde-limão e árvores e animais multicoloridos. Seria isso os preparativos para alguma festa Karnavalesca em Konoha?

Notou então que a tv digital fixada no painel do carro parecia ter uma nova tecnologia que permitia a visualização do efeito 3D sem a necessidade de óculos especiais. Legal...

- Temari... - murmurou Gaara tornando a olhar pela janela. - Acaso existem vacas rosas com manchas azul-turquesa?

- Claro que não. Por quê?

- É que...eu acabei de ver uma lá no pasto...olhe, outra! Viram?

Silêncio. Temari e Kankurou olharam para o tal pasto, que estava vazio. Olharam com suspeita para Gaara, que tornava a olhar para o pasto boquiaberto. Decidiram então não dizer nada e continuar a viajem.

~*~

Assim que adentraram nas imediações do asilo de Konoha, não demorou para que Naruto e Shikamaru encontrassem p lendário Sannin - Grande Jiraya, debaixo de uma árvore sentado no que parecia ser...

- Mendukouse! - exclamou Shikamaru. - Por que não falou que ele estava em uma cadeira de rodas?!

- Bom... - comçeou o loiro. - Semana passada, o ero-sennin resolveu ir espionar as garotas durante o banho nas fontes termas. De uns anos pra cá a taradice dele piorou quando começou a tomar um remédio azul estranho...acontece que ele estava fazendo uma coisa muito sacana enquanto espionava as garotas e ficou tão empolgado que reslveu chegar mais perto, tropeçou, bateu numas pedras e acabou deslocando a coluna. Aí a vovó Tsunade mandou ele vir para um retiro se curar e aprender a não espionar as mulheres e fazer coisas feias!

Shikamaru revirou os olhos. Deveria ter ido para o velório sozinho e não aceitado carona. Assim que os dois se aproximaram, Jiraya já começou reclamando.

- Mas que demora foi essa? Eu estou aqui á horas tendo que ver apenas velhinhas fazendo fotosíntese enquanto...ei! Vou ter que ir para o velório nesse fusca?! Era só o que me faltava! Eu, num fusca! Como acham que as tchutchucas vão olhar pra mim?

 Naruto se controlou e Shikamaru bocejou.

- Ei, não fiquem aí parados! Me ajudem a entrar no carro! Caso não estejam vendo, eu não consigo andar porque aquela puta frígida da Tsunade não quis me curar alegando que eu precisava "sossegar o facho" por um tempo! Sossegar o facho..ela bem que gostou daquela vez...

Sem protestar ou pedir mais detalhes, Naruto conseguiu colocar Jiraya no banco de trás do carro enquanto Shikamaru só assistia com um cigarro nos lábios. Em seguida, Naruto tentava, de todas as formas possíveis, colocar a cadeira de rodas dentro do porta-malas.

- Ei, tome cuidado! - berrou Jiraya. - Se você quebrar essa cadeira, vai ter que pagar uma nova! Além de não chegar no horário, destrói os objetos pessoais dos outros, incompetente!

- Ah, vai se danar.

- O que disse? Naruto, você é realmente um produto mal-feito! - sussuro. - Eu falei para o Minato não se enrolar com aquela problemática da Kushina pois isso s´ia gerar filhos complicados...depressa, Naruto!

~*~

O som da campainha fez Sasuke sair do transe alucinógeno provocado pelo mangekyou sharingan. Piscou abobalhado e, quando limpou a baba do queixo com a manga da blusa, concluiu que se vingaria de Itachi por ele sempre lhe passar a perna em tudo na vida.

- Já vai! Já vai!

 Quando abriu a porta, ele engloiu um grito de susto ao ver Oorochimaru com uma bíblia sagrada em mãos e Kabuto ao lado, carregando uma maleta.

- O que você quer de mim agora? - Sasuke trincou. - Eu não vou te dar o meu corpo!

- Eu não quero o teu corpo.

- Hãn...por que não? Acaso o meu corpo não é bom o suficiente? Acha que o corpo do Itachi é melhor do que o meu? É isso, é?!

 Silêncio. Sasuke mantinha um olhar de surpresa e indignação enquanto Oorochimaru apenas olhou a súbita explosão de fu´ria do jovem Uchiha e Kabuto ajeitou os óculos.

- Nós viemos aqui... - falou Oorochimaru simplesmente. - Á pedido de sua mãe.

- Como é que é?!

- Deixa que eu explico! - Kabuto tomou a dianteira e discursou. - Oorochimaru-sama em seu tempo livre para aumentar a renda, preside funerais, batismos, casamentos, pregações e semlhantes na ausência de um padre. Ele graduou-se na área com excelentes notas e é recomendado em várias vilas. É uma pessoa altamente capacitada para presidir corretamente um funeral dentro dos termos vigentes da lei.

Silêncio. Sasuke sentiu uma gota de constrangimento descer pela testa, mas antes que pudesse retrucar, sua mãe surgiu, cumprimentando Oorochimaru, toda sorridente.

- Obrigada por ter aceitado meu humilde pedido para presidir o velório do meu marido, Oorochimaru-sama!

Humilde pedido? Kabuto franziu as sobrancelhas. A verdade é que a senhora Uchiha fico ligando incessantemente para o escritório até que conseguisse ter a presença de Oorochimaru para presidir o funheral. Concluía que a senhora Uchiha gostava que celebridades famosas particpando dos eventos da família. Oorochimaru só aceitara vir porque o dinheiro a ser pago ia ajudar no seu contínuo tratamento de rejuvenescimento de pele.

- Mãe! - a indignação de Sasuke fez Kabuto voltar o foco na situação. - Por que você quis contratar justamente o Oorochimaru para o funeral do pai?

- Sasuke, não grite na presença de visitas ilustres, é feio.

 O moreno fuzilou Ooorchimaru com os olhos devido ao comentário.

- Dispensemos as formaloidades e iremos direto ao ponto: onde está o corpo? Já está tudo preparado para o enterro?

 Silêncio. Diante da fisionomia atordoada da mulher, Oorochimaru percebeu que exagerara na frieza.

- É que...fale você, Kabuto!

- Hãn, sim...é que o Oorochimaru-sama e eu temos outros compromissos profissionais daqui algumas horas e não podemos ficar mais do que o horário combinado.

- Sim, entendo. Os convidados começarão a chegar logo Posso lhes oferecer algo para beber? - Oorochimaru ia negar mas a senhora Uchiha não permitiu. - Claro que sim, está calor. SAKURAAAA! Venha servir as visitas!

~*~

Assim que Oorochimaru e Kabuto seguiram pelo corredor, Sasuke caminhou até a sala de tv onde seu irmão estava.

- Mamãe está surtando! Como ela ousa chamar o Oorochimaru? É um absurdo!

Embora concordasse com a indignação de Sasuke, Itachi não falou nada. Tinha muitos outros problemas com o que se preocupar. Ser o líder de uma banda de rock com status não era fácil, ainda mais por ser um idealista patriota (Kakuzu vivia reclamando por ter de pagar advogados contra os processos que Itachi recebi pelo fato de sempre alfinetar e criticar a política perante a mídia). Isso sem falar que os tablóides o aporrinhavam e o público pressionava para o início da turnê mundial em estádios.

 A turnê. Aquilo sim daria uma dor de cabeça dos diabos. Madara Uchiha vinha com idéias de apresentações messiânicas. Ele erao  produtor da banda e achava que era perfeitamente simples querer fazer os integrantes da banda voarem pelo palcão e tocarem em meio á explosões de luz e efeitos pirotécnicos.

- Seguinte, Itachi. - a voz de Sasuke o fez sair de seus pensamento. - Eu vou fazer o discurso sobre o velório do papai.

- okey.

Sasuke já tinha elaborado diversos argumentos, mas como Itachi prontamente concordara com sua proposta sem nem ao menos retrucar, ele não tinha nada a dizer.

Sasuke ia mostrar para todos que era tão bom em tudo que quisesse fazer quanto Itachi. Demorara para elaborar aquele discurso. Todos - sem excessões - achavam que Itachi era melhor e as visistas certamente pensavam que Itachi era quem faria o discurso porque era famoso, as letras de suas músicas eram excelentes. Mas Sasuke tambémp oderia fazer isso! Poderia escrever tão bem quanto Itachi! Sim, todos um dia reconheceriam isso!

~*~

O velório de Uchiha Fugaku estava marcado para ser iniciado ás 15:00 horas e seria realizado na tradicional casa do clã Uchiha. Asim, um pouco depois da hora do almoço os convidados começaram a chegar.

Quando o fusca laranja de Naruto chegou, praticamente todos os demais convidados já haviam aparecido e logicamente que as vagas para estacionar eram praticamente inexistentes.

- Caramba... - murmurou Shikamaru. - Isso é um velório ou uma formatura?

- Eu falei que chegaríamos atrasados! - reclamou Jiraya. - Você dirige muito mal, Naruto! Se não fosse uma lesma, poderíamos ter conseguido estacionar perto da casa!

-Estamos atrasados porque quando já estava na metade do caminho, tive que voltar para te buscar!

- Era sua obrigação, Naruto! Agora, olha pra frente e procura uma vaga para estacionar!

- Não me diga o que tenho de fazer, ero-sennin! Se acha que eu dirijo mal, dirija você!

- Eu faria isso mas estou com a coluna ferrada e tenho que ficar na cadeira de rodas! Aliás, se você quebrou alguma parte da cadeira ao colocá-la no porta-malas, vai ter que pagar!

Naruto estava á ponto de surtar a qualquer momento. Visualizou então uma vaga disponível poucos metros á frente e, quando avançou, um carro esportivo surgido do nada lhe deu uma bela fechada e facilmente estacionou na vaga.

- Toma cuidado, seu idiota! - Jiraya lhe deu um tapa na cabeça. - Brecando assim de repente, eu poderia ser aremessado pelo pára-brisa!

Naruto engoliu o comentário mal-educado que formulou e tratou de colocar a cabeça para fora do carro como intuito de tirar satisfação com o motorista sacana.

- Ei, essa vaga era minha, datebayo! Eu cheguei primeiro!

Trajando um ousado vestido preto e botas de salto agulha, Ino Yamanaka desceu do veículo e colocou seus óculos escuros fashion.

- Bobeou, dançou, palhaço.

- Como ousa?! Você não pode passar a perna nos outros desse jeito mesmo que tenha umas lindas pernas! Ei, não me ignora, tira o seu carro da minha vaga!

Enquanto Naruto berrava imprecações, Ino já estava entrando na casa.

- Shikamaru! - berrou o loiro. - A Ino é sua amiga, vai lá falar com ela e mandar tirar o carro da minha vaga!

- ...Temari.

 Assim que viu a loira de Suna chegar acompanhada de seus dois irmãos, Shikamaru rapidamente saiu do fusca e a seguiu.

- Shikamaru, aonde você vai? EI! - Naruto pigarreou. - EI! VOLTA AQUI! Você não pode me deixar aqui sozinho para levar o Jiraya! EI!

~*~

Na entrada prioncipal, Sakura tinha o dever de recepcionar todos os visitantes. E, enquanto observava os outros chegarem, vconcluía cada vez mais que a família Uchiha possuía costumes e tradições muito estranhas. Onde já se viu um velório mais psrecer uma festa? Que Uchiha Fugaku era uma pedra no sapato de muita gente, era um fato inegável. Mas mesmo assim muitas pessoas tinham vindo, talvez para ter certeza de que ele havia mesmo morrido.

Sakura notou então, no jardim, sua sogra sentada em um banco sendo consolada por Genma enquanto fingia enxugar as lágrimas com um lenço. Velha cínica e safada.

- O que você tanto observa?

- Só estou percebendo que minha futura sogra sente muito menos a falta do marido do que finge sen...Kakashi-sensei?!

A garota sentiu as pernas tremerem e um arrepio percorrer o corpo ao ver o ninja mascarado tão perto de si. Todos os acontecimentos daquela noite fatídica passaram em sua cabeça e ela recuou alguns passos.

- O...o que você está fazendo aqui?

- Bom... - Kakashi coçou a nuca. - É o funeral do pai de um dos meus alunos, é mais do que normal eu vir dar os meus pêsames. Além do que, eu tenho muita consideração pelo Sasuke.

 Sakura estreitou os olhos. Sim, muita consideração. Como ele conseguia dizer isso depois de tudo que falava á ela pelo telefone e msn?

- Só que na verdade, eu vim aqui para ver se você está bem.

- E-Eu estou bem! - o rosto comçeou a rosar até ficar igual ao cabelo. - Por que não estaria?

- Sakura-chan. - o ninja pareceu sorrir por debaixo da máscara. - Eu sei que ao dividir os lençóis com Sasuke você sente a minha falta.

- M-mas que ab-absurdo! Kakashi-sensei vo-você n-n-não sabe do q-que está fa-falan-do!

- Admita, Sakura. O Sasuke não sabe fazer o que eu sei.

Sakura, realmente, não sabia como reagir.

- Fi-fica longe de mim, Kakashi-sensei! Isso é um velório, com muitas pessoas! Eu tenho o dever de garantir que nada saía errado e...tchau!

A garota saiu dali com passos rápidos, ocasionalmente esbarrando em algo ou alguém. Kakashi apenas observou, isso seria mais fácil do que pensava. Afinal, por que Sakura ficaria com um "Sasuke" quando poderia ter um "Hatake Kakashi"?

~*~

Com o cenho franzido, Sasuke observou, em um canto, a chegada dos convidados. Por que a morte de seu pai atraía tanta gente?

Uma mão tocou seu ombro e, ao se virar, avistou Asuma e Kurenai, esta muito séria. Sasuke emburrou. Conhecia bem o processo que estava correndo na justiça sobre um caso de paternidade não resolvido.

- Eu não acredito que você veio ao funeral do meu pai para discutir esse assunto!

- Ele não era só pai de você e do Itachi! - Kurenai disse, ríspida. - E eu não vim aqui para isso, mas já que tocou no assunto, tanto melhor.

- Escuta, nãpo venha querer exigir direitos e interação no clã Uchiha. Que eu saiba, o resultado de paternidade ainda não saiu.

- Não saiu porque sua mãe e o clã Uchiha sabotaram os exames no laboratório!

- Que provas você tem? - ela abriu a boca para falar, mas Sasuke impediu. - Você veio do nada dizendo que era filha bastarda do meu pai só porque tem olhos vermelhos! Isso não significa que tem o sharingan!

- Eu tenho olhos vermelhos, sou especialista em genjutsus e seu pai teve um caso público com minha mãe!

- Enquanto não sair o resultado do exame de DNA, você está proibida, por uma limiar da justiça, de se referir  como descendente do clã Uchiha!

- Quando o resultado do exame air eu vou fazer você , sua mãe e até seu irmão, engolirem todas as injúrias!

- É isso o que vmaos ver. Não vou mais perder tempo contigo, preciso recepcionar a banda que tocará a marcha fúnebre.

Assim que ele se afastou, Kurenai controlou seu ímpeto de estrangulá-lo e se virou irritada para Asuma.

- E você nem para me defender!

- ...o que você queria que eu fizesse? A idéia de vir aqui foi sua e sinceramente, eu não consigo entender essa sua possessão em querer ter alguma conexão com o clã Uchiha. Voc~e não precisa disso!

- Eu não preciso, mas a criança que está na minha barriga, sim! Se ela tiver alguma ligação com o clã Uchiha, certamente terá muitas vantagens na vida.

- Ei, essa criança tem o meu sangue, será neta do grande terceiro hokage, Vaga garantida na política ela já tem!

- Mas, meu bem você sabe que o nome Uchiha impõe muito mais respeito do que Sarutobi na sociedade shinobi.

- Se está tão preocupada com essa coisa de status, porque não pediu que Itachi Uchiha fizesse um filho em você?

Silêncio. Kurenai encarou Asuma por alguns segundos e murmurou, com voz apaixonada e olhos marejados.

- Como pode dizer isso? Eu te amo.

- ...oh, desculpe a minha grosseria, querida. Esqueça.

~*~

Em uma parte do jardim da residência Uchiha, Temari mais parecia um coelho assustado, olhando em todas as direções como se procurasse ou temesse alguém. Quando chegara, havia visto Shikamaru Nara dentro de um fusca laranja e tinha certeza de tê-lo ouvido chamá-la.

Se ele estava querendo continuar aquela conversa sendo o "senhor da verdade" só porque era um gênio, não daria chance. Enquanto Shikamaru não pedise desculpas por ter xingado Gaara de doente mental, jamais o perdoaria! Era uma mulher de atitude e precisava honrar isso!

- Ei, Temari. Eu acho que tem algo de errado com o Gaara.

 A loira olhouna direção que Kankurou apontava e eles observaram, em silêncio. Gaara caminhava á passos grogues pelo jardim, olhando embasbacado ao redor como se estivesse no país das maravilhas. Parou, extasiado, diante de um enfeite de ferro em forma de um mini-ninja.

- Legaaaal... - imita a pose da estátua. - Quer uma batalha? He, he...eu sou o kazekage e você...você é o ninja da vila oculta dos pigmeus!

Os dois irmãos sentiram uma gota de suor descer epla testa enquanto viam Gaara elvantar uma penra, perder o equilíbrio e cair sentado na grama, rindo molengamente.

- Definitivamente ele não está legal... - falou Kankurou. - Temari, por acaso você deu ao Gaara algum remédio além daqueles prescritos pelo médico?

- Claro que não! Eu sigo á risca as recomendações do médico e hoje o Gaara não precisou tomar nenhum remédio de tarja preta!

- ...ele está agindo como se estivesse drogado.

- Não é possível, eu sei tudo o que ele toma! A única coisa diferente que ele tomou hoje foi um comprimidio de Narum do pote que estava encima da sua geladeira. Ele estava nervoso e eu tinha esquecido em casa o calmante que o Gaara sempre toma. Mas aquilo era NARUM, todos sabem que não dá qualquer efeito colateral.

 Silêncio sepulcral. Os olhos de Kankurou se arregalaram e ele soube que estava metido em uma encrenca das grandes. Olhou para um Gaara chapado e até pensou em abrir a boca para contar á irmã mas achou mais prudente não o fazê-lo. Também, como poderia? Se alguém da família soubesse que ele fabricava alucinógenos secretamente, seria praticamente deserdado.


16 de mar. de 2011

Piratas do Rock



A primeira rádio rock do mundo é um fato mais do que suficiente para se fazer um filme á respeito. Piratas do Rock relata - com traços de ficção, claro - a história real da ´radio pirata que escandalizou e viciou a sociedade britânica na década de 60. Com uma mistura de humor e pitada suave de drama, a história é enriquecida por sua informação precisa sobre a rádio pirata.

Para o entendimento ser mais fácil, é preciso saber que na época em que a Rádio Rock surgiu, a Inglaterra vivia em uma época em que o rock e as polêmicas de revolução eram totalmente surpimidas e proibidas. As rádios "oficiais" tocavam menos de uma hora de música por dia, reinando assim apenas  noticiários e silêncio.

Como uma forma de protesto contra o governo e o modo de vida inglês politicamente correto, um grupo de homens (e uma mulher) decidiram levar a boa música para a população. Para que pudessem manter a rádio funcionando deliberadamente e fora do alcance da lei, a Rádio Pirata tinha a sede em um grande navio cargueiro ancorado em algum ponto do Oceano Pacífico.

O oceano não é território de qualquer país, de modo que, teoricamente, as pessoas que vivem ali não podem ser punidas pela lei de determinado país. Portanto, eles são foras-da-lei, autênticos piratas.

 A Rádio Rock e seus integrantes passam então a ser aclamados e queridos por uma legião de ouvintes fiéis. Das mais variadas idades e profissões, eles ligam religiosamente seus rádios todos os dias para acompanhar os programas de seus locutores preferidos e ouvir uma boa música.

O filme ainda retrata, logicamente, o dia-á-dia dos apresentadores do navio Piratas do Rock. Curiosamente, cada um deles refleta perfeitamente o tipo de programa que faz, incluindo o horário. Temos por exemplo, o Conde - norte americano que foi a primeira pessoa a dizer apalvrões em horário nobre; o charmosos Mark Meia-Noite ( um cover do Jim Morrison), o excêntrico e quase desconhecido Bob da Madrugada, o polêmico e famosos radialista Gavin e por aí vai.

E é no clima de camaradagem autêntica e amor pelo rock n'roll que esses piratas seguem suas vidas burlando e nfurecendo a política britânica, gozando de muitas azarações (eles realizam sorteios para que ouvintes viesse m conhecer o navio ocasionalmente) e mostrando á população uma avanlanche musical.

Embalado por uma trilha sonora mista e respeitável condizente com a época, o filme mantém um clima divertido com as excentridades de seus personagens e as desesperadas tentativas do governo para impedir o programa. E o mais interessante é ver a dedicação dos ouvintes pela rádio que prova aos radialistas que seu esforço é recompensado.

Piratas do Rock é um filme essencial para aqueles que apreciam a história do rock n' roll e como a música tem o poder de quebrar qualquer barreira e auxiliar a revlução de toda uma geração. Após os Piratas do Rock, a Inglaterra passou a ter cada vez mais rádios e o rock consagrou-se. E foi graças á esses divertidos pioneiros que hoje a Inglaterra possui mais de duzentas estações de rádio e uma paixão pelo rock n' roll.

Caso você queira ter uma informação legal de um episódio do rock de forma divertida e descompromissada, Piratas do Rock é recomendado.


~*~

12 de mar. de 2011

COSPLAY - Naruto - Itachi Uchiha


Itachi Uchiha é um dos personagens mais interessantes e complexos de Naruto. Extremamente poderoso, é um nukenin (ninja renegado) quedeixou seu país após matar não apenas os seus pais, mas todo o seu clã, deixando apenas seu irmão mais novo vivo. Foragido, aliou-se á organização criminosa Akatsuki mantendo suas verdadeiras intenções em segredo.
As reais intenções de Itachi, bem como a razão de ter feito um massacre com seu clã foram mantidas em segredo até aquele que pode ser considerado como o ápice da série de Naruto.  Ele é um vilão, um anti-herói, um mártir, um idealista, uma vítima da conduta ninja,um exemplo de dedicação...enfim, um personagem cujas intenções só são reveladas após a surpreedente batalha com Sasuke.
Um dos personagens mais aclamados pelos fãs, não são poucas as pessoas que optam por fazer cosplay dele.E, como uma fã apaixonada por Itachi, postarei aqui alguns dos cosplays que achei mais perfeitos.

Segue agora os cosplays:



(Itachi com a capa da Akatsuki)

*.*

Japoneses e suas incríveis surrealidades cosplay

Esse é brasileiro o/

Tá igualzinho!!!!

Muito parecido e bonito.

Lindo. O chapéu é referente áprimeira aparição do personagem.

 Itachi com o traje da Anbu (grupo ao qual pertencia antes de matar o clã)

Esta moça ficou bem legal

0.0....

 O cosplay deve imitar o original sempre.

OMG! Itachi-sama...*.*



Sem palavras...
Sem palavras de novo...*.*




É impressão ou estão querendo me ver com uma hemorragia nasal?

cosplay e cenário excelentes.

E não é que eu consegui? =p


~*~

7 de mar. de 2011

FanFics Naruto - CAOS NO VELÓRIO



CAOS NO VELÓRIO

Após a morte do patriarca Uchiha, seu segredo foi revelado...e caberá á seus dois filhos garantir que a verdade mantenha-se em segredo diante de todo um bando de ninjas desajustados.



Esta fanfic é uma comédia nonsense que é e ao mesmo tempo não é um universo alternativo. Não se preocupem com detalhes sérios, isso é uma obra amadora que visa apenas o entretenimento. A história foi fortemente baseada no filme britânico(eposteriormente o remake americano) Morte no Funeral, portanto qualquer semelhança não será mera coincidência.

Certamente você dará algumas boas gargalhadas ao ler.









~*~

FANFICS Naruto -Caos no velório - CAPÍTULO 01

~*~

CAOS NO VELÓRIO


Uchiha Fugaku partiu deste mundo em paz. Isso era o que todos diziam, apesar dos problemas que o ilustre homem vinha tendo nos últimos meses. Coisas como divirgências no clã Uchiha, contas a pagar, a grama do jardim Hyuuga sempre parecia mais verde, a rebeldia dos únicos filhos, as denúncias de abuso de autoridade, a suspeita de traição conjungal e um caso de paternidade mal resolvido. Esse últimoque gerara um processo em andamento presidido por Yhuri Kurenai - que alega ter sangue Uchiha devido aos olhos vermelhos.

Mas enfim, o patriarca Uchiha partiu desta para melhor sem conseguir resolver tais problemas pendentes. Mas, embora ele tivesse partido, os problemas e processos ficavam para seus filhos mas a conclusão disso não será contada aqui. Pois, enquanto seus filhos se preocupavam com isso, não faziam idéia de que um problema ainda maior (e pior) do que todos os outros seria revelado bem no meio do velório de seu ilustre pai. E, como se não bastasse, havia ainda os problemas alheios que, logicamente, só pioravam a situação.

E é com base nisso que a história começa.

~*~

Sasuke Uchiha olhou no relógio em seu pulso. Eram quase onze horas da manhã e nada da agência funerária aparecer com o caixão. Como era uma tradição das famílias mais poderosas e influentes de Konoha, o velório de um familiar notável era sempre realizado na residência mais conveniente da família.

Ele, assim como os demais descendentes de sua geração, não apreciava tal costume, afinal existiam os velórios no cemitério para quê? Mas, como era uma tradição do clã Uchiha, sua mãe pedira isso e ele estava disposto a fazer quase tudo para obter reconhecimento dos parentes, então era um esforço válido.

Tentou ligar para um certo contato específico em sua agenda do celular e novamente ouviu a caixa postal. Merda! A campainha tocou e, para seu alívio, reconheceu os membros da Anbu que também faziam bico de agentes funerários aos finais de semana.

- Até que enfim! - resmungou o rapaz. - A cerimônia começará logo, porque demoraram tanto? -um Anbu abriu a boca para falar. - Não, melhor não dizer nada. Entrem com o caixão, vou mostrar onde devem colocá-lo.

 Sasuke guiou os homens até a sala principal que fora cuidadosamente decorada com as pompas funerárias dignas de um shinobi politicamente correto e nobre como Fugaku Uchiha foi em vida.

Após colocarem o caixão negro de mogno no devido lugar, os ninjas da Anbu ficaram parados em silêncio. Sasuke observou o caixão e seu peito doeu. Estava lutando para ser forte, já chorara pela morte do pai com o resto da família e, mesmo que não tivesse muita intimidade com o pai, gostava muito dele.

Interrompeu as reflexões ao notar que os ninjas da Anbu ainda estavam ali.

- O que foi? Eu já acertei os honorários com a funerária. Vocês atrasam a entrega e ainda esperam que ganhem gorjeta? Isso, além de ser falta de consideração é um absurdo!

- ...o senhor gostaria que abríssemos o caixão?

- Hãn...cl-claro.

 Constrangido pelo que dissera, Sasuke deu passagem para que os homens abrissem o caixão. Silêncio. Os ninjas da Anbu estavam imóveis em sinal de respeito pelo luto enquanto Sasuke contemplava o defunto em profundo silêncio até dizer seriamente.

- ...esse não é o meu pai.

  Silêncio. Os ninjas da Anbu trocaram olhares entre si, olharam para Sasuke e tornaram a trocar olhares.

- ...meu deus. Trouxemos o morto errado.

Em silêncio, eles trocaram olhares entre si e adiantaram-se em fechar o caixão, pegá-lo e se retirar do local enquanto pediam desculpas pelo inconveniente da forma mais cortês possível, deixando para trás um jovem Uchiha transtornado.

~*~

Quando viu através da janela do quarto, o veículo da funerária indo embora com o caixão, Sakura Haruno tratou de descobrir o que estava acontecendo.

Havia quase dois anos que oficializara seu namoro com o seu grande amor, Sasuke. Mas, ao contrário do que Sakura idealizara, seu romance não era um mar de rosas, tampouco um conto de fadas.

Além de ter que aturar a rispidez e oscilações de humor constantes de Sasuke, havia o mau-humor eterno dele. Isso sem mencionar os sogros. Mesquinhos, orgulhosos e cheios de veneno. Fugaku até era tolerável mas sua esposa não. Ter uma sogra Uchiha era pior que conviver com a hokage de TPM e ressaca. Sakura concluía seriamente que merecia ir para o céu por aguentar tal sogra.

- Sasuke-kun, o que aconteceu? - indagou ao se aproximar. - Eu vi o caixão chegar e depois...

- Acredita que trouxeram o caixão errado? Voltaram correndo para buscar o verdadeiro! Bando de incompetentes! Absurdo, absurdo! E como está minha mãe?

- Não viu o carro da funerária chegar. Ela está muito abalada e perguntou se o seu irmão...

Sakura arrependiu-se do último comentário ao notar a expressão de desagrado no rosto de Sasuke. Sempre que mencionavam Itachi Uchiha o humor dele piorava. Mesmo que fingisse compreender as razões de Sasuke acerca dos problemas pessoais com relação ao irmão mais velho, no fundo Sakura tinha a certeza que tudo não passava de picuinha e dor de cotovelo.

Itachi Uchiha fazia parte do lado bem-sucedido da família. Era talentoso, popular...bastava uma tarde de conversa para conquistar a simpatia alheia, embora quase sempre aparentasse uma expressão séria. Mas certamente isso era só charme...ou fome mesmo.

O caso era que, enquanto Itachi crescia em popularidade, ganhando renome com suas habilidades artísticas e polêmicas, fazendo shows e shows com a banda de rock experimental, Sasuke se esforçava para ter um emprego de renome nos setores públicos onde os Uchiha tinham influência.

Um emprego estável e bem remunerado com fins de semana livres eram perfeitos para Sakura, mas Sasuke não compartilhava de tal opinião. Nem um pouco.

 Sakura suspirou. Algo lhe dizia que o dia seria longo. Talvez devesse repensar a própria vida.

~*~

SUNA


 Sabaku no Kankurou encontrava-se debruçado na mesa da cozinha, se concentrando em separar meticulosamente as pílulas brancas que acabara de desenvolver. Sorriu satisfeito ao colocar a última pílula em um potinho e fechar a tampa.

Como expert em marionetes, Kankurou sabia que a melhor forma de aumentar a peliculosidade de suas armas era utilizando venenos. Para isso, convenceu seu pai, anos atrás, a lhe pagar a faculdade shinobi com ênfase em Venenos. Seu pai - um assasino graduado, diga-se de passagem - adorou a idéia, crente que seu filho mais velho se tornaria um expert em criar substâncias tóxicas para utilizar contra os inimigos.

Bom, Kankurou estudou e aprendeu muito sobre as propriedades tóxicas e venenosas, desenvolvendo de forma autodidata as suas próprias substâncias. E foi durante seus estudos que percebeu algo muito importante.

Que criar substãncias alucinógenas era muito mais interessante do que criar venenos letais. E muito mais lucrativo.

Pegou o celular e discou um número.

- Kiba, sou eu. Cara, eu me superei, véio. Tô aqui com um pote cheio "daquilo"....claro que vou levar. ...Não, tá disfarçado ninguém vai saber!...Beleza, a gente se vê. Até mais!

Mal desligou, ouviu a campainha. ´Praguejando, tratou de esconder rapidamente qualquer indício de sua artimanha. Colocou o pote de pílulas (que estava disfarçado com o rótulo do calmante NARUM) sob a geladeira e foi atender a porta antes que a pessoa do outro lado a esmurasse.

- Caramba, Kankurou! Que demora!

- ...bom dia pra você também, Temari.

A loira entrou no apartamento pisando duro e atrás dela vinha Gaara, que parecia nervoso e irritadiço.

- Você ainda está de pijama?! Kankurou, vmaos nos atrasar! Pelo amor dos kages, eu falei que estaria passando aqui pra te pegar ás onze e era para estar arrumado!

- Calma, eu me arrumo rapidinho.

- Rapidinho? Eu te conheço muito bem! Ó, não vai pintar seu rosto daquele jeito porque iremos á um velório e não á uma festa de hallowen!

 Kankurou não retrucou, pois sabia que isso só pioraria a situação. Seguiu para o quarto, coçando a bunda e pensando se aquele terno da época da formatura ainda servia. Toda vez que Temari brigava e desfazia o namoro com aquele ninja preguiçoso de Konoha, ficava naquele estado homicida. Enquanto ela não reatasse o relacionamento com ele, todas as pessoas ao seu redor corriam o risco de levarem um safanão de leque gigante.

Enquanto Kankurou se trocava, Temari olhava indignada e enojada ao redor. Como seu irmão conseguia viver naquela pocilga? Tudo desarrumado, sujo...havia frascos de líquidos estranhos estocados nas prateleiras e aquele amontoado de marionetes juntava cupins.

Mas que merda! Uma das marionetes antigas do Karasu, esquecida em um canto, praticamente se tornara um cupinzeiro! Iria chamar a dedetizadora amanhã mesmo, sem falta.

Temari afastou esses pensamentos ao se lembrar de Gaara. O irmão mais novo, pra variar, não estava muito bem. Não que fosse culpa dele, Gaara sempre fora instável e precisava constantemente de acompanhamento. O bijju já tinha saído de seu corpo mas ele continuava tendo surtos psicóticos.

Ninguém sabia por quê. As sessões constantes de terapia não ajudavam muito pois Gaara se recusava a desabafar. Assim, ninguém conseguia descobrir qual era seu problema.

Temari notou que ele estava trêmulo e esse era o primeiro indício de um surto de fúria. Droga! Justo agora que teriam de ir ao velório na casa dos Uchiha! Gaara precisava se acalmar e não dar qualquer vexame, afinal era o kazekage.

A loira vasculhou a maleta de remédios de Gaara que sempre levava consigo: dipirona, bombinha de asma, aspirina, protetor solar, antidepressivo, remédio para hiperatividade, estomazil, medidor de pressão, insulina, antibiótico para transtorno bipolar, doril, ginkobiloba...droga! Havia esquecido o calmante.

NARUM.

 Este era o calmante mais básico e efetivo que já havia sido desenvolvido. Era um remédio tradicional da família Nara, e por seus efeitos positivos foi patenteado pelas Indústrias Farmacêuticas Nara (tm) gerando lucro e renome.

Temari evitava se aproximar daquele remédio mesmo que todo mundo usasse. E fazia isso não porque o remédio tinha algum efeito colateral (o Ministério da Saúde garantia a qualidade - até gestantes e crianças pequenas poderiam usar) mas porque NARUM a fazia lembrar de Shikamaru Nara.

Shikamaru...como podia se apaixonar por aquele problemático? Como ele ousava dizer que ela agia como se fosse babá de Gaara? Pior, na última discussão (onde haviam terminado o namoro pela décima sétima vez), Shikamaru dissera que Gaara era um autista esquizofrênico.

Ninguém xingava os irmãos de Temari e ficava por isso mesmo. Gostava de Shikamaru mas não ficaria com alguém que criticasse sua forma de cuidar dos irmãos.

Temari interrompeu os pensamentos ao notar que Gaara estava sentado em um canto da cozinha com os olhos fixos no chão, a murmurar nervosamente consigo mesmo.

Conhecia aquilo. Se continuasse, Gaara entraria em uma euforia agressiva mesclada com surto psicótico e só poderia ser detido levando uma injeção de tranquilizante na bunda - o que o faria capotar por dois dias. Isso depois de mergulhar na areia a residência dos Uchiha.

" Vai o NARUM mesmo."

Melhor um calmante básico do que nenhum. Temari encheu um copo de água e pegou um comprimido de Narum do pote que havia encima da geladeira, aproximando-se do irmão.

- Aqui, Gaara. Tome esse remédio.

- ...pra quê?

- É um calmante. Será bom tomar porque iremos em um velório.

- ...mas esse não é o calmante que costumo tomar. Pode me fazer mal.

- Faz nada! Isso é NARUM, todo mundo toma.

Mesmo á contragosto, Gaara engoliu o comprimido e, instantes depois, Kankurou apareceu.

- Ótimo! - Temari pegou a bolsa e foi em direção á porta. - Depressa, não podemos nos atrasar.

Gaara a seguiu em silêncio e Kankurou fez o mesmo, não se esquecendo de esconder no paletó o pote de NARUM em que estavam seus alucinógenos.

~*~

Pelas estradas de Konoha, um fusca laranja seguia com uma velocidade considerável  e, dentro dele estavam Naruto Uzumaki ao volante e Shikamaru Nara no banco do passageiro.

-  Dattebayo, não acredito que depois de ter comido uma tigela mega de rámem do Ichiraku eu ainda esteja com fome!

- ...talvez você esteja com vermes.

- Eu não tenho vermes! - resmungou o loiro, ofendido. - Eu deveria ter comido duas tigelas de rámem. No velório eu não vou conseguir comer nada porque vou ver um defunto! Aí, tira meu apetite.

Enquanto Naruto desatava a falar, Shikamaru observava a estrada com sua típica cara de tédio. Odiava ter de comparecer em reuniões sociais de qualquer estirpe. Nunca gostara muito do clã Uchiha porque além de gozarem de muitos privilégios em Konoha, se achavam os fodões so porque tinham o sharingan. E Sasuke era o pior deles.

Assim, ter que ir em um compromisso social presidido pelos Uchiha - mesmo que fosse um velório importante, era um saco. Shikamaru bem que poderia ter inventado uma desculpa qualquer para ficar de boa em casa mas optara por vir só porque Temari estaria lá. Aquela problemática o deixava louco. Deveria esquecê-la de uma vez mas era apaixonado demais para isso.

- ...mendukouse... a Temari vai ver só quando eu pegá-la de jeito! - sussurou para si. - Ela não poderia terminar o namoro daquele jeito...

- O que foi, Shika? Tá falando sozinho?

- ...não é nada, Naruto.

  Nisso, o celular de Naruto toca e, pode não parecer mas ele é um motorista consciente, de modo que estacionou o veiculo no acostamento antes de atender a chamada.

- DATTEBAYO! ...Oi, Sakura-chan! Beleza? ...Claro que pode pedir!...QUÊ?! Mas por quê eu?...Mas eu tô quase chegando e se tiver que voltar pra buscar ele, vou ter que fazer todo o caminho de volta! ...Outra pessoa não...mas...

- CALA A BOCA E VAI BUSCÁ-LO, NARUTO!

- Oh...está bem...dattebayo.

- O que aconteceu? - perguntou Shikamaru quando o loiro desligou o elefone.

- Vamos ter que voltar.

- Por quê?

- A Sakura-chan esqueceu que precisava mandar alguém buscar o ero-sennin no asilo e mandou eu ir lá fazer isso.

- Tá brincando!

- Não! - ele fechou a cara. - Por mim, eu deixava o ero-sennin pra lá, ele está insuportável de uns tempos pra cá. Mas ele era conhecido do pai do Sasuke e se eu não trouxê-lo, a Sakura-chan vai me encher de pipoco!

 Shikamaru revirou os olhos entediado enquanto Naruto pegava o caminho de volta.

~*~

Quando o belo jaguar preto estacionou diante da residência dos Uchiha, Itachi Uchiha conteve um suspiro. Realmente se passara muito tempo desde que estivera naquela casa pela última vez. Não que sentisse falta, pelo contrário.

Desde que desobedecera o pai ao abandonar a carreira de shinobi para embarcar no mundo da música, as coisas na sua vida só haviam melhorado.

- Pronto, está entregue.

- Obrigado, Kakuzu. - murmurou ele para o seu empresário. - Trazer-me aqui poupou uma boa viajem de táxi e...

- Trezentos.

- ...o quê?

- Trezentos conto pela viajem.

Silêncio. Itachi endcarou Kakuzu que o encarou de volta. O moreno franziu as sobrancelhas.

- ...pensei que...

- Pensou errado.

Kakuzu estendeu a mão e Itachi, emburrado, abriu a carteira e entregou o dinheiro, saindo do veículo e chegando a conclusão de que era isso que acontecia quando se tratava um pão-duro para cuidar das finanças da banda...

 Assim que Itachi adentrou na residência Uchiha e surgiu no hall, Sasuke caminhou em sua direção falando irritado.

- Até que enfim, apareceu! Estou á horas tentando te ligar mas você nunca atende! Tem celular pra quê? Eu estou tendo que arcar com todos os preparativos, daqui á pouco os convidados chegam, a mamãe nao pára de falar de você, isso porque não mencionei...

 Itachi retira os óculos escuros.

- Mangekyou Sharingan.

Sasuke subitamente ficou imóvel, totalmente dominado pela técnica. E, enquanto sua mente ficava lá, viajando por uma dimensão paralela totalmente psicodélica (fazendo com que começasse a babar), Itachi deixou a mochila de viajem em um canto.

- Olá Itachi-san. - cumprimentou Sakura descendo as escadas. - ...O que houve com o Sasuke...?

- Daqui cinco minutos ele volta ao normal.

- Oh, Itachi! Finalmente você veio!

A senhora Uchiha abraçou fortemente o filho.

- É um momento tão difícil! Só você mesmo para me confortar. O Sasuke não sabe ser gentil.

- Hãn...sogrinha. - começou Sakura. - Agora que Itachi-san chegou, posso ajudá-la em alguma coisa?

- Não se intrometendo em nossa vida já está mais do que bom.

Sakura não esboçou qualquer reação. Em sua mente, imaginava puxar a senhora Uchiha pelos cabelos, aplicar-lhe um soco ultra-fodõnico na cara para fazê-la viar até dentro do caixão do marido, pegar então seus dois filhos e transar com eles ao mesmo tempo na cama daquela velha lambisgóia.

Mas em vez disso, Sakura apenas optou por respirar profundamente e ir terminar de descascar os amendoins que seriam servido ás visitas.

~*~



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